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Costa insta Netanyahu a "ouvir a própria consciência" e travar massacre

O presidente do Conselho Europeu apelou hoje ao primeiro-ministro israelita para "ouvir a própria consciência", manifestando esperança de que a União Europeia (UE) consiga rapidamente alcançar um "entendimento" para reforçar a ação perante o "massacre" em Gaza.

Costa insta Netanyahu a "ouvir a própria consciência" e travar massacre

© Getty Images/Philipp von Ditfurth/picture alliance

Lusa
29/09/2025 18:02 ‧ há 2 dias por Lusa

"[Benjamin] Netanyahu não ouviu ninguém. Seria necessário, naturalmente, que ouvisse a própria consciência e percebesse que, no século XXI, é absolutamente intolerável o que está a fazer em Gaza e também a forma como prossegue com os colonatos ilegais na Cisjordânia", afirmou António Costa.

 

"Toda a humanidade espera que esta barbárie e este massacre em Gaza terminem de uma vez por todas, para além do cessar-fogo", acrescentou o antigo primeiro-ministro português, em declarações a jornalistas em Madrid, onde recebeu o prémio Fórum Europa, numa cerimónia presidida pelo rei Felipe VI de Espanha.

Costa presidirá na quarta-feira, em Copenhaga, a uma reunião informal dos chefes de Estado e de Governo da UE, na qual o tema de Gaza voltará a ser debatido.

O presidente do Conselho Europeu reconheceu a dificuldade em alcançar decisões por unanimidade entre os 27, mas destacou a "evolução" da posição da Alemanha - importante aliado de Israel - ao longo do tempo, manifestando confiança em que se encontrará "um ponto de entendimento" relativamente à situação em Gaza.

Costa sublinhou ainda que "não se deve confundir o senhor Netanyahu e o seu Governo com Israel, com o povo israelita", lamentando que a atuação do primeiro-ministro israelita tenha "alienado tão rapidamente tantas amizades" que o país tinha na Europa.

A 17 deste mês, a Comissão Europeia propôs suspender as preferências comerciais concedidas a Israel, bem como sancionar dois ministros extremistas do Governo de Netanyahu, Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, além de colonos violentos, devido à ofensiva em Gaza, que já causou mais de 66 mil mortos em quase dois anos.

As sanções exigem unanimidade entre os 27 Estados-membros, mas a Hungria continua a opor-se a penalizar mais colonos israelitas. No entanto, segundo fontes diplomáticas citadas pela EFE, cresce o consenso em torno da adoção de medidas restritivas contra os dois ministros.

É também possível que avance a suspensão das vantagens comerciais previstas no acordo de associação UE-Israel, assim como o fim da colaboração no programa comunitário de investigação Horizonte Europa, segundo as mesmas fontes.

Caso a Alemanha e a Itália não se manifestem contra, poderá ser atingida a maioria qualificada necessária para aprovar a suspensão -- 55% dos Estados-membros, ou seja, 15 países que representem pelo menos 65% da população da União.

Espera-se que os líderes europeus se pronunciem sobre o assunto na cimeira informal de quarta-feira em Copenhaga.

Leia Também: "Temos de mostrar força". Roménia deteta outro drone russo

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