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Rússia vai desmantelar aviões de carga para reutilizar peças

A Rússia vai desmantelar oito aviões de carga Boeing para utilizar as peças na frota da companhia aérea de passageiros Aeroflot, noticiaram hoje meios de comunicação russos.

Rússia vai desmantelar aviões de carga para reutilizar peças

© Getty Images

Lusa
29/09/2025 14:31 ‧ há 1 semana por Lusa

Mundo

Rússia

O grupo Volga-Dnepr vai transferir oito aviões de carga - seis Boeing 737 e dois Boeing 747 - ao abrigo de um acordo avaliado em cerca de 130 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros), segundo o diário Kommersant.

 

Uma vez que a Aeroflot centrou a atividade no transporte de passageiros desde 2010, pelo que o valor do negócio é relativamente baixo e estes modelos do grupo Volga-Dnepr estão fora de uso desde 2022, especialistas citados pelo jornal concluíram que os aparelhos serão "canibalizados" para alimentar a frota de passageiros.

Devido ao elevado custo, a reconversão destes aviões para transporte de passageiros é considerada inviável.

Outra hipótese seria trocá-los por aviões de passageiros com um país aliado de Moscovo, mas os especialistas afastam essa possibilidade devido ao risco de sanções secundárias relacionadas com a guerra na Ucrânia.

Em março, Serguei Chemezov, diretor da corporação estatal de desenvolvimento tecnológico Rostec, declarou que a Rússia terá de fabricar pelo menos 200 aviões até 2030 para compensar a retirada das aeronaves de companhias estrangeiras que abandonaram o país devido à guerra.

Na sequência das sanções económicas impostas à Rússia desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, Moscovo enfrenta grandes dificuldades na importação de tecnologia, o que afeta a manutenção da frota aérea civil.

De acordo com a BBC, a Rússia fabricou apenas sete aviões entre o início da guerra e o final de 2024, contra 13 aparelhos produzidos em 2021.

A indústria aeronáutica civil enfrenta ainda a concorrência da indústria militar, que tem prioridade na limitada capacidade de produção resultante sobretudo das sanções, que restringem o acesso a tecnologia e equipamentos modernos.

Além de nacionalizar os aviões de companhias estrangeiras que deixaram de operar no país, as empresas russas foram forçadas a "canibalizar" parte da frota para reutilizar peças e reparar aeronaves em mau estado.

Em 2023, no esforço para contornar as sanções europeias, Moscovo chegou a importar componentes aeronáuticos de uma empresa registada no Gabão, num valor de 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.700 milhões de euros).

Leia Também: Suécia acusa Rússia por drones sobre Dinamarca e envia ajuda militar

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