Tusk elogiou a "coragem" do povo moldavo em resistir às tentativas da Rússia de influenciar as eleições parlamentares de domingo, nas quais a vitória do campo pró-europeu permitiu "salvar a democracia".
"Temos mais um exemplo de que não é preciso ser grande [em dimensão] para vencer", afirmou Tusk no Fórum de Segurança de Varsóvia, onde felicitou a sua "amiga" Maia Sandu, Presidente da Moldova, pela vitória do governante Partido Ação e Solidariedade (PAS), defensor do rumo europeu do país.
Tusk sublinhou que o povo moldavo "resistiu à agressão russa direta", não apenas do outro lado do rio Dniestre -- barreira natural que separa a região separatista da Transnístria do restante território moldavo e onde ainda permanecem tropas russas --, mas também em Chisinau.
Na capital moldava houve "agressão russa, uma brutal ingerência eleitoral", afirmou.
"Mas os moldavos venceram, porque nas suas mentes e nos seus corações estavam convencidos de que não podiam render-se", acrescentou.
Num outro comentário, este já publicado na rede social X, Tusk defendeu ainda que os moldavos "não só salvaram a democracia e mantiveram o rumo europeu, como também travaram a Rússia nas suas tentativas de assumir o controlo de toda a região".
Macron, por seu lado, ressalvou a importância da vitória dos pró-europeístas , "apesar das tentativas de ingerência e das pressões, a escolha dos cidadãos moldavos afirmou-se com força",
"A França está ao lado da Moldova no seu projeto europeu e no seu ímpeto de liberdade e soberania", acrescentou o Presidente francês na rede social X.
Sábado, em Chisinau, Macron, Tusk e o chanceler alemão, Friedrich Merz, manifestaram um "apoio determinado" à Moldova no caminho para a adesão à União Europeia (UE), face às "mentiras" e "ingerências" de Moscovo.
A França "saúda em fraternidade a escolha soberana do povo moldavo de confirmar a sua vontade de se virar para a Europa", declarou também hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.
"Nada trava um povo que escolhe a democracia e a liberdade. Nem mesmo as tentativas desesperadas de ingerência estrangeira", escreveu o ministro na rede social X.
O PAS, da Presidente pró-europeia Maia Sandu, venceu de forma expressiva as legislativas de domingo na Moldávia, marcadas por acusações de ingerência russa.
No poder desde 2021, neste que é um dos países mais pobres da Europa, o PAS obteve 50,03% dos votos, contra 24,26% para o Bloco Patriótico, cujo dirigente, o antigo Presidente Igor Dodon (2016-2020), reivindicou a vitória e apelou a uma manifestação hoje em Chisinau.
Em terceiro lugar, com 7,99%, está o Movimento Alternativo Nacional (MAS) do presidente da Câmara de Chisinau, Ion Ceban, que apelou ao voto contra o PAS.
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