"O povo da Moldova pronunciou-se e a sua mensagem é clara e inequívoca: perante a pressão e a interferência da Rússia, [o país] optou pela democracia, pela reforma e por um futuro europeu", reagiu António Costa numa mensagem na rede social X.
"A UE está ao lado da Moldova. Em cada passo do caminho", acrescentou o antigo primeiro-ministro português.
A Moldova candidatou-se à adesão à UE em março de 2022, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em junho desse ano.
As negociações de adesão foram formalmente iniciadas em junho de 2024 e incidem agora sobre dossiês específicos.
No domingo, o partido pró-europeu Partido Ação e Verdade (PAS), da presidente Mai Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova.
Hoje, também através da X, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientou: "Moldova, vocês conseguiram de novo".
"Nenhuma tentativa de semear o medo ou a divisão conseguiu quebrar a vossa determinação. Vocês deixaram clara a vossa escolha: a Europa, a democracia, a liberdade", referiu.
De acordo com a líder do executivo europeu, "a porta da UE está aberta" para a Moldova.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, observou que "o futuro da Moldova está na Europa".
"Neste passo histórico, o povo da Moldova escolheu o caminho da democracia, da esperança e das oportunidades. Escolheram a Europa", adiantou.
A chefe da diplomacia comunitária, Kaja Kallas, indicou na X que "a votação da Moldova é um claro sim a um futuro europeu".
"Apesar dos enormes esforços da Rússia para espalhar desinformação e comprar votos, nenhuma força pode deter um povo comprometido com a liberdade", concluiu Kaja Kallas.
De madrugada, após a contagem de 99,52% dos votos, os resultados oficiais indicavam que o PAS obteve mais de 50% dos votos.
Cerca de 52% dos eleitores moldavos participaram nesta votação decisiva para o futuro do seu país, que tinha de escolher entre continuar a aproximação à União Europeia ou o regresso ao seio da Rússia.
Liderando a maioria das sondagens, o PAS perdeu, no entanto, terreno desde 2021, devido, em particular, às dificuldades económicas do país, um dos mais pobres da Europa.
A votação foi ensombrada por receios de compra de votos e distúrbios, bem como por uma campanha de desinformação sem precedentes conduzida pela Rússia, segundo a União Europeia.
Moscovo tem negado qualquer forma de interferência.
Com 2,4 milhões de habitantes, a Moldova tem enfrentado várias crises desde a invasão russa à vizinha Ucrânia, em 2022, pondo em risco o Governo pró-europeu de Chisinau, que considera a adesão ao bloco europeu como crucial para se libertar da esfera de influência de Moscovo.
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