As províncias de Santiago de Cuba, Guantánamo e Granma são as mais afetadas.
As previsões mais recentes do Instituto de Meteorologia (Insmet) alertam que, nas próximas 24 horas, se manterão as precipitações associadas à agora tempestade Imelda, que se está a afastar de Cuba, devido à sua ampla circulação e a um fluxo de altos valores de humidade proveniente do mar das Caraíbas.
A intensidade das chuvas causou deslizamentos de terra, o transbordamento de rios, árvores caídas e danos no serviço de abastecimento de eletricidade.
As autoridades locais suspenderam as aulas em todos os níveis de ensino em Santiago e Guantánamo e insistiram nos avisos de prudência e do respeito das medidas preventivas recomendadas pela Defesa Civil.
Em Guantánamo, foram retiradas das suas casas 18 mil pessoas, deslocadas principalmente para residências de familiares e amigos.
A localidade de Paraguai está isolada, sem comunicações, devido ao escoamento das chuvas provenientes das áreas montanhosas, de acordo com uma reportagem da televisão estatal.
Na localidade de Hatibonico, na mesma província, caíram mais de 500 milímetros (mm) de chuva nas últimas 48 horas. Outros relatórios referem acumulações acima de 300 mm em zonas de Santiago, onde várias comunidades estão isoladas.
Especialistas da empresa de aproveitamento hidráulico de Santiago de Cuba referiram que as volumosas chuvas provocaram um aumento de 8,2 milhões de metros cúbicos no volume total de água armazenada nos 16 reservatórios da província, afetada por uma seca severa.
Os meteorologistas cubanos alertaram uma temporada "muito ativa" de ciclones no Atlântico, Golfo do México e Mar das Caraíbas, com a possível formação de oito furacões entre junho e novembro.
Na temporada de ciclones de 2024, dois tufões atingiram fortemente a ilha, um deles - Óscar - atingiu terra como um furacão de categoria 1 na província de Guantánamo, com ventos de até 130 km/h.
Depois, apesar de perder intensidade e tornar-se uma tempestade tropical, deixando oito mortos, danos em 12 mil habitações, inundações que isolaram comunidades, perdas na agricultura e outros estragos.
O outro tufão foi Rafael, de categoria 3, que castigou o oeste cubano, principalmente a província de Artemisa, com ventos sustentados de 185 km/h, embora também tenha afetado as vizinhas Havana e Mayabeque, provocando o colapso total do sistema elétrico nacional, que afetou 10 milhões de pessoas.
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