Familiares das vítimas, unidos por uma faixa com os seus nomes - Lara, Brenda e Morena - e cartazes com fotografias das jovens lideraram a marcha, reforçada por várias organizações de esquerda, que desde a Praça de Maio começaram a encaminhar-se em direção ao Parlamento.
Os corpos de Morena Verdi e Brenda del Castillo, duas primas de 20 anos, e de Lara Gutiérrez, de 15 anos, foram encontrados na quarta-feira, enterrados perto de uma casa nos subúrbios de Buenos Aires, cinco dias após o seu desaparecimento.
De acordo com o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Javier Alonso, as jovens caíram numa armadilha, tendo sido atraídas para uma suposta festa, e antes de serem mortas foram submetidas a torturas que teriam sido vistas ao vivo por dezenas de pessoas através de uma conta numa rede social, aparentemente para servirem de exemplo a um grupo criminoso.
"Temos que proteger as mulheres, para que isto nunca mais aconteça", disse Leonel de Castillo, pai de Brenda, em declarações a repórteres pouco antes do início da manifestação, relatando que não conseguiu reconhecer o corpo da filha, por causa dos abusos que ela sofreu.
A marcha foi convocada pela organização "Ni una menos" (Nem uma a menos), que luta contra a violência de género, na sequência da descoberta, na quarta-feira, do triplo femicídio ocorrido entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado da semana passada.
Na quarta-feira foram detidos dois homens e duas mulheres suspeitos do crime, que ficaram em prisão preventiva, outros dois jovens, incluindo um peruano de 20 anos suspeito de ser o mandante, estão a ser procurados pela polícia, e uma quinta pessoa, suspeita de ter fornecido apoio logístico com um carro, foi detida na sexta-feira na Bolívia, perto da fronteira argentina.
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