Uma veterinária, que se recusou a devolver um cão a um homem sem-abrigo depois de encontrar o pitbull doente e amarrado a um camião, foi condenada por roubo, na sexta-feira, no estado norte-americano do Michigan.
Amanda Hergenreder levou o cão num passeio de duas horas até à sua clínica, onde lhe curou uma infeção urinária grave e removeu um dente podre, em novembro do ano passado. Batizou-o como Biggby, em homenagem a um café perto do local, e disse que o cão de 16 anos estava a evoluir bem enquanto morava com ela.
Mas os procuradores deram entrada em tribunal com uma acusação de furto qualificado depois de Amanda ter-se recusado a devolver o cão a Chris Hamilton, um homem sem-abrigo de Grand Rapids. A médica citou os seus deveres éticos como veterinária e observou que o cão não tinha registo.
Apesar da controvérsia, durante o julgamento disse ao júri que faria tudo de novo "num piscar de olhos".
O advogado de defesa Miles Greengard disse que a veterinária ficou com o animal porque não havia garantia de que as autoridades investigariam as condições em que estava a viver. "Ela acreditava, assim como eu acredito, que fez a coisa certa. O que é certo e o que é legal, nem sempre são a mesma coisa", disse Greengard à Associated Press.
O julgamento em Grand Rapids durou dois dias. Uma condenação por furto pode resultar em até 93 dias de prisão e multa.
O homem não terá o cão de volta. Biggby - ou Vinny, como o antigo dono o chamava - foi eutanasiado em julho devido a problemas de saúde na velhice, disse o advogado.
No início do ano, Chris Hamilton, que amarrou o cão a um camião de mudanças enquanto caminhava até um posto de gasolina, contou a uma televisão local: "Nunca mais me senti o mesmo depois de o perder".
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