"Estamos a trabalhar para expandir a nossa produção de defesa e iniciar exportações controladas de armas ucranianas, um outro acordo foi alcançado sobre isso e já estamos a trabalhar com quatro países para abrir plataformas de exportação", escreveu o líder ucraniano nas redes sociais, numa mensagem de balanço da participação na 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Em declarações à imprensa citadas pela agência noticiosa Ukrinform, o Presidente ucraniano explicou que apenas as armas que não estejam em falta serão exportadas para parceiros -- na Europa e no Médio Oriente, bem como países de África e Estados Unidos --, uma vez que a prioridade são as Forças Armadas Ucranianas.
"E nas áreas onde produzimos mais, podemos exportar o restante e ganhar dinheiro dessa forma, para que possamos investir em bens que estão em falta -- drones, intercetores, drones de longo alcance -- coisas para as quais não há dinheiro suficiente", declarou.
Zelensky comentou que este sistema beneficia o Exército, embora o setor empresarial prefira poder exportar todos os tipos de armas imediatamente.
"Isto será assim até ao fim da guerra: as exportações de armas serão controladas", ressalvou.
Na mesma publicação nas redes sociais, Zelensky sublinhou que, durante a semana de alto nível da ONU, a Ucrânia participou em mais de 40 formatos de reuniões com aliados e países amigos a diferentes níveis e que várias reuniões organizadas pelo seu país atraíram um número recorde de participantes.
O Presidente também se referiu a uma série de acordos alcançados durante o encontro com o homólogo norte-americano, Donald Trump, que descreveu como "muito produtivo".
Zelensky também apontou que há "sinais positivos" dos parceiros da Ucrânia sobre o possível uso de fundos russos congelados para a defesa e reconstrução do país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022 - a Alemanha, por exemplo, mostrou-se aberta a esta medida, que antes rejeitava.
O chefe de Estado ucraniano reiterou que é necessário aumentar a pressão sobre a Rússia para acabar com a guerra.
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