"É preciso dizer que a Antifa e as suas suborganizações afiliadas são organizações terroristas", declarou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, na sexta-feira, durante a entrevista semanal na rádio nacional.
O governo húngaro publicou um decreto no Diário Oficial ordenando a criação de uma lista nacional de grupos terroristas, onde incluí o autoproclamado movimento antifascista "Antifa".
O decreto húngaro ocorreu depois do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ter assinado um decreto nesse sentido na segunda-feira, após o assassinato do criador de conteúdos digitais republicano, Charlie Kirk, no dia 10 de setembro.
Há nove dias, Donald Trump anunciou a designação da Antifa como uma "grande organização terrorista".
De acordo com o decreto húngaro, apenas as organizações não incluídas nas listas de sanções da União Europeia ou das Nações Unidas podem ser adicionadas à lista.
O decreto permite a imposição de sanções financeiras, a expulsão e a proibição de entrada na Hungria, a qualquer grupo da lista.
A ordem aplica-se também a indivíduos associados aos grupos da lista, mesmo que não tenham cometido nenhum crime.
"E sem que tenham cometido qualquer crime, antes que cometa algum, devem ser tomadas medidas contra eles (associados aos grupos descritos como terroristas) ", indicou o governo húngaro.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, exigiu ainda que a União Europeia "alinhasse as suas medidas com as dos Estados Unidos" em relação ao movimento Antifa.
O movimento Antifa, abreviatura de "antifascista", assemelha-se mais a um movimento do que a um grupo organizado.
O nome "Antifa" costuma ser associado a uma ala da extrema-esquerda, frequentemente utilizado pela direita e pela extrema-direita quando há violência em protestos.
Após o assassinato de Charlie Kirk, a 10 de setembro, os apoiantes do líder conservador dos EUA culparam a esquerda norte-americana pelo clima de violência política no país.
Os conservadores mencionaram ainda um "terrorismo doméstico" de esquerda.
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