"O boicote ao discurso de Netanyahu ilustra o isolamento de Israel e as consequências da sua guerra de extermínio" na Faixa de Gaza, disse o porta-voz do Hamas, Taher al-Nounou, em comunicado.
Delegações de dezenas de países levantaram-se e abandonaram a Assembleia Geral quando Netanyahu entrou na sala para fazer o seu discurso, marcado também por apartes e interjeições que se fizeram ouvir durante a intervenção. Ao mesmo tempo, a entrada do líder israelita também foi acompanhada por aplausos e gritos de 'bravo'.
Portugal, como a maioria dos países da União Europeia, ficou representado por um elemento da delegação.
No seu discurso, o primeiro-ministro israelita insistiu na eliminação do Hamas e disse que o Irão está por trás de um "eixo do mal" que só acabará quando o regime mudar, criticando os países ocidentais que recentemente reconheceram o Estado da Palestina.
Na intervenção na 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, Benjamin Netanyahu frisou que Israel "não cederá" às pressões internacionais e que não descansará enquanto não eliminar o movimento palestiniano e trouxer para casa os 20 reféns vivos, dos 48 que ainda estão em poder do Hamas.
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