O presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou, na manhã desta sexta-feira, que chegou a um entendimento com Donald Trump para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"A nossa reunião foi muito importante para manifestar a vontade de pôr fim aos massacres em Gaza. Trump afirmou durante a reunião a necessidade de acabar com os combates em Gaza e alcançar uma paz duradoura", afirmou Erdogan aos jornalistas, de acordo com uma transcrição divulgada pelo seu gabinete esta sexta-feira e citada pela Reuters.
Erdogan deu mais detalhes sobre o que foi falado, referindo que "chegámos a um entendimento" sobre como "alcançar um cessar-fogo em Gaza e em toda a Palestina, e uma paz duradoura depois disso".
"Concluímos que a solução de dois Estados era a fórmula para uma paz duradoura na região, que a situação atual não pode continuar", disse.
Perto de concretizar um acordo, já tinha dito Trump
Recorde-se que já esta quinta-feira, o líder norte-americano afirmara aos jornalistas, na Sala Oval da Casa Branca, que "estamos perto de concretizar algum tipo de acordo". A afirmação foi feita durante uma reunião com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O líder norte-americano insistiu na exigência de que o movimento islamita palestiniano liberte imediatamente e ao mesmo tempo todos os reféns que mantém sequestrados na Faixa de Gaza - 48 no total, dos quais as autoridades israelitas acreditam que 20 estejam vivos.
"Muitas pessoas estão a morrer, mas queremos os reféns de volta. Não queremos de volta um esta semana, outro daqui a dois meses, mais três depois, como tem acontecido", disse Trump.
"Queremos todos de volta de uma só vez", afirmou.
Trump vai reunir-se com Benjamin Netanyahu
Trump também se referiu ao "grande encontro" que teve com líderes de países árabes e islâmicos no âmbito da 80.ª Assembleia Geral da ONU, a decorrer esta semana em Nova Iorque, para discutir um plano pós-conflito para Gaza.
Trump, que se reunirá na próxima segunda-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, comprometeu-se perante os líderes islâmicos a não permitir que Israel anexe a Cisjordânia ocupada, informou o portal Politico.
Desde os ataques perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 - que fez cerca de 1.200 mortos e 251 reféns - e o início da ofensiva israelita em Gaza, ambos os lados propuseram vários acordos de cessar-fogo e libertação de reféns.
Uma comissão independente da ONU e um número crescente de países e organizações internacionais classificam a ofensiva militar israelita em Gaza como um genocídio.
Até à data, contabilizam-se mais de 65.000 palestinianos mortos, entre os quais mais de 19.000 crianças.
[Notícia atualizada às 10h56]
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