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Advogados dos membros franceses da flotilha exigem proteção do Estado

Os advogados dos franceses que integram a flotilha internacional a caminho de Gaza, que alegadamente foi novamente atacada por Israel, defenderam hoje que o Estado francês deve "assegurar pública e efetivamente a proteção" dos seus cidadãos.

Advogados dos membros franceses da flotilha exigem proteção do Estado

© Albert Llop/NurPhoto via Getty Images

Lusa
25/09/2025 17:31 ‧ há 4 dias por Lusa

"Apelamos ao Estado francês para que assegure, pública e efetivamente, a proteção dos nossos concidadãos que navegam atualmente em direção a Gaza", afirmam os advogados Lucie Simon, Anouck Michelin, Raphaël Kempf, Romain Ruiz e Chirinne Ardakani, num comunicado enviado hoje à agência noticiosa France-Presse (AFP).

 

A ação desta flotilha é "estritamente pacífica, humanitária e legal", sublinham.

A França está obrigada a respeitar o direito internacional humanitário e a garantir o seu cumprimento, e deve, por isso, "prevenir desde já qualquer interceção ilegal da flotilha, exigindo publicamente o respeito pela liberdade de navegação e pelo acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza", acrescentam.

Sob pena de ver a sua "credibilidade" internacional comprometida, a França deve também "proteger os seus cidadãos", consideram.

"Qualquer interceção dos passageiros constituiria um crime de desvio de embarcação ou, consoante as circunstâncias, de agressões voluntárias cometidas contra os nossos concidadãos no estrangeiro, da competência dos nossos tribunais", advertem.

Numa carta aberta distinta, a que a AFP teve acesso, a associação Advogados para a Justiça no Médio Oriente pede ao Presidente francês, Emmanuel Macron, e a Jean-Noël Barrot, ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros, que "escoltem a flotilha com navios da marinha francesa", favoreçam entregas "diretas" de ajuda humanitária a Gaza ou ainda que "adotem imediatamente as sanções que se impõem".

Entre os ativistas pró-palestinianos a bordo da flotilha encontra-se a eurodeputada francesa Rima Hassan (LFI, esquerda radical).

A ONU e a União Europeia condenaram na quarta-feira os "ataques" noturnos ao largo da Grécia contra a flotilha. Itália e Espanha anunciaram o envio de navios para prestar assistência às embarcações, caso necessário.

A flotilha pretende alcançar a Faixa de Gaza para "quebrar o bloqueio israelita" e levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano, após duas tentativas em junho e julho, frustradas por Israel.

A Flotilha Global Sumud é composta por cerca de 50 navios com ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 nacionalidades, incluindo três portugueses: a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.

O Bloco de Esquerda (BE) pediu hoje uma audiência urgente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, para debater a proteção diplomática da flotilha.

A guerra em Gaza, que dura há quase dois anos e que já causou a morte a mais de 65.000 palestinianos, foi desencadeada pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, a 07 de outubro de 2023.

Em agosto, a ONU declarou o estado de fome no território palestiniano, sujeito a um rigoroso bloqueio por parte de Israel desde o início do conflito.

Leia Também: BE pede audiência urgente com Rangel sobre proteção diplomática da flotilha

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