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Novo governo da Lituânia vai investir em Defesa e apoio a Kyiv

A Lituânia constituiu hoje um novo governo de coligação liderado pelos social-democratas que se comprometeu a continuar a investir maciçamente na Defesa e a apoiar a Ucrânia, afirmando também querer normalizar as relações com a China.

Novo governo da Lituânia vai investir em Defesa e apoio a Kyiv

© PETRAS MALUKAS/AFP via Getty Images

Lusa
25/09/2025 15:41 ‧ há 1 semana por Lusa

O executivo da nova primeira-ministra, a social-democrata Inga Ruginiene, foi investido após aprovação no parlamento por uma ampla maioria de 80 deputados em 122.

 

O seu programa prevê "consagrar pelo menos 5% do PIB (Produto Interno Bruto)" à Defesa e tomar "medidas ativas para garantir que o isolamento internacional da Rússia e da Bielorrússia continue".

Garante também "apoio militar à Ucrânia, visando que represente pelo menos 0,25% do PIB", e encorajou "os outros países da União Europeia (UE) a atribuir um financiamento pelo menos equivalente a esse montante".

Ex-república soviética que se tornou membro da UE e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), a Lituânia faz fronteira com dois Estados aliados, a Letónia e a Polónia, mas também com o enclave russo de Kaliningrado e a Bielorrússia, aliada de Moscovo.

Tal como outros países da região, o seu espaço aéreo foi recentemente alvo de intrusões de 'drones' (aeronaves não-tripuladas) atribuídas à Rússia.

A nova equipa no poder em Vílnius indicou ainda que pretende "normalizar as relações diplomáticas com a China ao mesmo nível que os outros Estados-membros da UE".

A China reduziu as relações diplomáticas com a Lituânia depois de este país membro da UE e da NATO ter autorizado a abertura de um gabinete de representação de Taiwan em Vílnius em 2021, sob o nome da ilha.

Esse gesto representou uma mudança numa prática diplomática comum, que consiste em utilizar o nome da capital taiwanesa, Taipé, para evitar irritar a China, que reivindica a ilha como parte do seu território.

Atualmente, não há diplomatas chineses na Lituânia, tendo o último representante lá colocado visto ser-lhe recusada a entrada no país em maio, alegando as autoridades que ele não possuía a acreditação necessária.

O anterior governo social-democrata, liderado por Gintautas Paluckas, descreveu a China como "um desafio cada vez maior para a política externa e de segurança lituana" e classificou como "ameaça" as relações entre a China e a Rússia e a crescente influência de Pequim na Bielorrússia.

Paluckas demitiu-se do cargo de primeiro-ministro em julho, na sequência de um inquérito judicial sobre alegados crimes financeiros ligados às suas empresas.

O novo governo assenta numa coligação que inclui o Partido Social-Democrata (LSDP), o partido populista Aurora no Niémen, bem como o grupo parlamentar composto pela União Agrária e os Verdes, a Ação Eleitoral dos Polacos na Lituânia -- Aliança das Famílias Cristãs e deputados independentes.

Leia Também: Lituânia simplifica regras sobre uso de armas para abater drones

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