Num comunicado publicado no portal oficial, o Ministério do Comércio revelou que a Huntington Ingalls Industries (HII), especializada em construção naval militar, a Planate Management Group, empresa de engenharia com contratos com o Departamento de Defesa dos EUA, e a Global Dimensions LLC, fornecedora de serviços de interpretação e inteligência, foram adicionadas à lista de controlo de exportações de bens de uso duplo civil e militar.
A decisão implica a proibição da aquisição, por parte destas companhias, de bens chineses de uso duplo, incluindo contratos já em curso, e obriga à autorização expressa do Ministério para eventuais exportações em "circunstâncias especiais".
Em paralelo, o Ministério anunciou a inclusão de outras três firmas norte-americanas na "lista de empresas não fiáveis": Saronic, fabricante de veículos marítimos não tripulados; Aerkomm, dedicada a tecnologia de satélites; e Oceaneering International, fornecedora de soluções robóticas para defesa e aeronáutica.
Estas empresas ficam impedidas de "participar em atividades de exportação e importação relacionadas com a China" e de realizar novos investimentos no país.
"A China decidiu incluir três entidades dos EUA que colocam em perigo a segurança e os interesses nacionais na lista de controlo de exportações", afirmou um porta-voz da tutela em comunicado separado.
As autoridades não esclareceram os motivos concretos nem o momento da decisão.
O anúncio surge dias após uma conversa telefónica entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, centrada no acordo sobre a aplicação TikTok, e coincide com a primeira visita de uma delegação de congressistas norte-americanos à China desde 2019, liderada pelo democrata Adam Smith, da Comissão de Defesa, que se reuniu com o primeiro-ministro Li Qiang.
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