"A China vai reduzir as suas emissões líquidas de gases com efeito de serra no conjunto da sua economia de sete a 10% em relação ao nível do pico", que ainda é desconhecido, mas pode ser atingido este ano, disse Xi Jinping, na sua intervenção, transmitida por vídeo, na cimeira sobre o clima que decorre na ONU.
"A transição verde e de baixo carbono é a tendência da nossa época", sustentou. "Se bem que alguns países atuem contra ela, a comunidade internacional deve manter o seu rumo".
Até hoje, a China nunca se tinha comprometido com um número exato de curto ou médio prazo.
Agora atribui-se como meta alcançar a neutralidade carbónica até 2060 e promete que o seu máximo de emissões será alcançado antes de 2030, o que parece estar em vias de conseguir já em 2025, graças ao sucesso da fileira solar e das viaturas elétricas.
Entre os novos compromissos chineses para o horizonte 2035 estão também o aumento da parte das energias não fósseis no consumo total de energia acima de 30%. A Agência Internacional de Energia quantificou a parte das renováveis em 12% no ano de 2021.
Outro compromisso é o de multiplicar por seis a capacidade instalada de energia eólica e solar, em relação a 2020, para chegar a 3.600 GW, acima dos 1.400 GW de hoje.
Xi mencionou ainda o crescimento dos veículos elétricos e a extensão do mercado de carbono e da superfície florestal.
"Estes objetivos representam os melhores esforços da China, segundo as exigências do Acordo de Paris. Atingir estes objetivos precisa de esforços rigorosos da China, bem como de um ambiente internacional aberto e de apoio", acentuou.
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