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Primeiro-ministro moldavo acusa Rússia de tentar "tomar o poder em Chisinau"

O primeiro-ministro da Moldova, Dorin Recean, acusou hoje a Rússia de tentar "tomar o poder em Chisinau" através de alegadas ações de desestabilização e corrupção eleitoral, a poucos dias das eleições parlamentares marcadas para domingo.

Primeiro-ministro moldavo acusa Rússia de tentar "tomar o poder em Chisinau"

© Lusa

Lusa
24/09/2025 18:47 ‧ há 6 dias por Lusa

Mundo

Rússia

"O objetivo da Rússia é tomar o poder em Chisinau, violando a vontade soberana dos moldavos", afirmou Recean, numa conferência de imprensa citada pelo jornal moldavo Jurnal.

 

O chefe do Governo da Moldova garantiu que as autoridades vão "fazer tudo o que for possível" para travar o que classificou de "plano de ocupação russo".

Segundo Recean, as pressões de Moscovo "aumentam de forma evidente" e incluem "ações subversivas" que se intensificaram nas últimas semanas.

Na segunda-feira, a polícia moldava deteve mais de 70 pessoas no âmbito de uma investigação sobre o envolvimento da Rússia em possíveis distúrbios e protestos violentos ligados ao processo eleitoral.

"O Kremlin tem cúmplices na Moldova", acusou, na mesma linha de pensamento, a Presidente, Maia Sandu, que alertou para "consequências imediatas" caso Moscovo consiga alargar a sua influência política no país.

"Se a Rússia assumir o controlo da Moldova, as consequências ameaçarão não apenas o nosso país, mas toda a região", insistiu Sandu.

Na mesma conferência de imprensa, o chefe de Governo apelou ainda à mobilização popular nas urnas, sublinhando que "a batalha final pelo futuro do país está a ser travada".

Recean pediu ainda à oposição pró-russa que se demarque publicamente das acusações de compra de votos e do alegado esquema que foi desmantelado pelas forças de segurança.

"Se não o fizerem, estarão a confirmar que são beneficiários diretos da corrupção eleitoral financiada pelo Kremlin", avisou Recean.

As autoridades moldavas indicaram que o esquema em investigação envolvia pagamentos ilícitos, manipulação de votos e ataques cibernéticos destinados a comprometer o processo eleitoral.

O Governo de Chisinau considera que tais práticas visam favorecer partidos próximos do Kremlin (presidência russa).

As eleições de 28 de setembro são consideradas decisivas para o futuro da Moldova, marcada pela divisão entre as forças pró-Moscovo e os partidos que defendem a integração europeia, liderados pelo Partido de Ação e Solidariedade (PAS), da Presidente Maia Sandu.

Contudo, as sondagens sugerem que o PAS poderá perder a maioria parlamentar, abrindo espaço para negociações com formações pró-Rússia, que concorrem em bloco, ou até para uma repetição do escrutínio.

Na intervenção perante a Assembleia-Geral da ONU, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou hoje que a Europa não deve "perder a Moldova para a Rússia", como já perdeu Bielorrússia e Geórgia.

Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, a Moldova situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.

A região separatista moldava da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra na Ucrânia (em fevereiro de 2022) devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica.

A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.

Leia Também: Ucrânia: Rússia vai aumentar IVA para financiar despesas com a guerra

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