Um buraco de 50 metros de profundidade abriu-se em frente a um hospital de Banguecoque, na manhã de quarta-feira, 'engolindo' carros e postes de eletricidade, num desabamento que chocou os habitantes locais. Em causa estará a construção de uma estação ferroviária subterrânea próxima.
As autoridades da cidade fecharam as ruas ao redor do Hospital Vajira, na Samsen Road, no centro histórico da cidade, por volta das 7h00 (hora local), quando a cratera apareceu. Canalizações ficaram destruídas e expeliram torrentes de água, ao mesmo tempo que cabos elétricos derrubados emitiam faíscas perigosas.
Pacientes e moradores de apartamentos próximos foram evacuados quando o buraco – que media aproximadamente 30 por 30 metros de largura e 50 metros de profundidade – apareceu em frente ao hospital público.
O National News Bureau of Thailand (NBT), órgão estatal, em comunicado, citado pelo South Morning China Post, referiu que a cratera estava a expandir-se, mas que não há relatos de feridos.
"Equipas de emergência e de engenharia estão no local a trabalhar para estabilizar a área e evitar maiores danos", disse a NBT, acrescentando que um posto de serviços públicos próximo foi encerrado porque o buraco aumentou provocando "riscos à infraestrutura e preocupações para passageiros e pedestres".
O buraco apareceu ao mesmo tempo que Banguecoque se prepara para mais chuvas fortes, quando o supertufão Ragasa atingir o Delta do Rio Mekong (um grande labirinto de rios, pântanos e ilhas onde há mercados flutuantes e vilarejos cercados por arrozais) nos próximos dias.
O governador de Banguecoque, Chadchart Sittipun, acorreu ao local para avaliar a situação, disse a Administração Metropolitana.
Recorde-se que Banguecoque foi construída numa planície de inundação e os seus solos argilosos são frequentemente responsabilizados pelo rótulo de "cidade a afundar", que os engenheiros urbanos dizem ter sido exacerbado pelo desenvolvimento descontrolado da cidade, que sobrecarregou a rede de drenagem da capital.
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