"É a primeira vez na história que ocorre um acontecimento, um marco, como este", anunciou o diretor do Metro do Panamá, Cesar Pinzón.
O Canal do Panamá é uma via navegável artificial com 82 quilómetros de extensão que liga o oceano Atlântico ao oceano Pacífico.
A Linha 3 do Metro vai ligar a capital do Panamá à província do Panamá Oeste, onde surgem cada vez mais novas construções.
A província é utilizada como zona de deslocação, destacando que os moradores trabalham na capital e sofrem diariamente com graves engarrafamentos.
O diretor disse ainda que após atravessar o canal "com sucesso" a tuneladora (máquina utilizada na escavação de túneis) dirige-se para a região de Balboa, na cidade do Panamá.
O túnel está 45% concluído, depois de dois dos 4,5 quilómetros da passagem construída debaixo de água terem sido escavados com uma tuneladora.
O túnel "já passou pelo seu ponto mais baixo" e está a cerca de 65 metros abaixo do nível do mar, o equivalente a um edifício de 20 andares, junto ao Canal do Panamá, segundo a EFE.
"Há exatamente um ano, iniciámos a operação (Linha 3) da tuneladora no Panamá. Atingimos a profundidade máxima e agora estamos a subir para ligar Farfán a Albrook. Acreditem, foi um verdadeiro feito", disse o presidente panamiano, José Raúl Mulino, na conferência de imprensa semanal de quinta-feira.
A nova linha de metro partirá da Estação Albrook, na capital, e passará pelas regiões de Arraiján e Nuevo Chorrillo, chegando à região de Ciudad del Futuro.
A primeira fase terá 25 quilómetros de extensão, com 11 estações ao longo da linha, segundo a EFE.
O Panamá é o único país da América Central com um sistema de metro, com a Linha 1, inaugurada em abril de 2014, e a Linha 2, inaugurada em abril de 2019.
As linhas foram construídas pelo consórcio formado pelas empresas de construção, Odebrecht e FCC, ambas envolvidas em esquemas de corrupção no país.
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