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Meloni diz que apresentará moção condicional para reconhecer Palestina

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou hoje que o Governo apresentará uma moção para reconhecer a Palestina, mas só se os reféns israelitas forem libertados e o movimento islamita palestiniano Hamas for excluído de Gaza.

Meloni diz que apresentará moção condicional para reconhecer Palestina

© Win McNamee/Getty Images

Lusa
23/09/2025 18:38 ‧ há 2 semanas por Lusa

Em declarações à comunicação social à margem da Assembleia-Geral da ONU, em curso em Nova Iorque, Meloni expressou a esperança de que a oposição italiana também apoie a moção.

 

"Pessoalmente, continuo a acreditar que reconhecer a Palestina na ausência de um Estado que cumpra os requisitos de soberania não resolve o problema, não produz resultados tangíveis e concretos para os palestinianos", afirmou a chefe do executivo de direita e extrema-direita italiano.

"Depois, dizem que reconhecer a Palestina pode ser uma ferramenta eficaz de pressão política, e tudo bem, eu entendo, mas também precisamos de saber quem está a usá-la", acrescentou.

De acordo com Meloni, "a principal pressão política deve ser dirigida ao Hamas, porque foi o Hamas que começou esta guerra e é o Hamas que está a impedir que a guerra termine, recusando-se a entregar os reféns".

A governante italiana anunciou então que "a maioria apresentará uma moção no parlamento a dizer que o reconhecimento da Palestina deve estar sujeito a duas condições: a libertação dos reféns e, obviamente, a exclusão do Hamas de qualquer dinâmica governamental dentro da Palestina, porque precisamos de entender quais são as prioridades".

"Não sou contra o reconhecimento da Palestina, mas precisamos de definir as prioridades certas", sublinhou.

"Penso que uma iniciativa como esta também poderá encontrar apoio entre a oposição. Certamente não encontrará apoio entre o Hamas, e talvez também não entre os extremistas islâmicos, mas deve encontrar apoio entre as pessoas de bom senso", sustentou Meloni.

Na segunda-feira, França, Andorra, Bélgica, Luxemburgo, Malta e São Marino reconheceram formalmente o Estado da Palestina, um dia depois de o terem feito Portugal, Reino Unido, Canadá e Austrália.

Após estes anúncios, o número de países que reconhecem o Estado da Palestina passará para 157, de um total de 193 Estados-membros da ONU.

Entre os países que não reconhecem o Estado da Palestina encontram-se os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão e os Países Baixos, que defendem que tal passo político e diplomático deve ser feito em acordo com Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reagiu no domingo aos anúncios afirmando que nunca haverá um Estado palestiniano.

Leia Também: Meloni diz que as ameaças se multiplicam mas que não tem medo

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