"Não devemos permanecer em silêncio enquanto os palestinianos forem privados de justiça e legitimidade", disse Subianto, lembrando que mais de 150 países já reconhecem bilateralmente o Estado da Palestina, que continua a ter apenas o estatuto de observador nas Nações Unidas.
Na sua intervenção durante o debate geral de alto nível da 80.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, que hoje começou em Nova Iorque, o líder defendeu que "é preciso apoiar todos, os fortes e os fracos", recordando o papel desempenhado pela Indonésia nas operações de paz.
"Somos hoje um dos maiores contribuintes para as forças de manutenção da paz da ONU. Acreditamos na ONU e continuaremos a servir onde quer que a paz necessite de guardiões, não apenas com palavras, mas com tropas em terra", disse Subianto.
O Presidente indonésio garantiu que, caso o Conselho de Segurança e a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovem o envio de uma missão internacional, Jacarta está disposta a mobilizar "20 mil ou mais dos seus filhos e filhas para ajudar a manter a paz em Gaza".
Para Subianto, a oferta estende-se também a outros contextos de conflito.
"Estamos prontos a servir não só em Gaza, mas também na Ucrânia, no Sudão, na Líbia, em todo o lado", assegurou o Presidente.
A proposta surge no seguimento da "Declaração de Nova Iorque", um texto patrocinado pela França e pela Arábia Saudita e recentemente aprovado por larga maioria na Assembleia-Geral, que defende a criação de uma "missão internacional temporária de estabilização" em Gaza, sob os auspícios da ONU.
Esse mecanismo pretende assegurar "garantias de segurança à Palestina e a Israel", preparando o terreno para um cessar-fogo duradouro e para negociações políticas mais amplas no Médio Oriente.
RJP // SCA
Lusa/Fim