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Sanções dos EUA contra mulher de juiz brasileiro são "ataque à soberania"

O Brasil demonstrou hoje "profunda indignação" com a imposição de sanções pelos Estados Unidos à mulher do juiz Alexandre de Moraes e garantiu que não "se curvará a mais essa agressão", que representa um "novo ataque à soberania".

Sanções dos EUA contra mulher de juiz brasileiro são "ataque à soberania"

© Fabio Teixeira/NurPhoto via Getty Images

Lusa
22/09/2025 19:26 ‧ há 1 semana por Lusa

Mundo

Brasil

"O governo brasileiro recebe, com profunda indignação, o anúncio, pelo governo norte-americano, da imposição da Lei Magnitsky à esposa do Ministro Alexandre de Moraes e a instituto ligado a ele", frisou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em comunicado.

 

O governo brasileiro disse ainda que a imposição da Lei Magnitsky à mulher de Alexandre de Moraes, "no caso do Brasil, uma democracia que se defendeu, com êxito, de uma tentativa de golpe de Estado, não apenas é uma ofensa aos 201 anos de amizade entre os dois países".

"Representa também a politização e o desvirtuamento na aplicação da lei", frisaram as autoridades brasileiras, acrescentando que o seu objetivo é o de "minar os esforços do Poder Judiciário brasileiro para defender as instituições democráticas e o estado de direito".

"Esse novo ataque à soberania brasileira não logrará seu objetivo de beneficiar aqueles que lideraram a tentativa frustrada de golpe de Estado, alguns dos quais já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal. O Brasil não se curvará a mais essa agressão", garantiu a diplomacia brasileira.

Esta resposta do governo de Lula da Silva aos EUA surge no dia em que Washington impôs a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.

O anúncio foi feito no site oficial do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, acirrando ainda mais o conflito diplomático entre os dois países devido à condenação do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, aliado político do chefe de Estado dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Alexandre de Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos judiciais politizados - incluindo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado.

"A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a visar indivíduos que fornecem apoio material a Moraes enquanto ele viola os direitos humanos", garantiu.

Em julho, antes do início do julgamento que condenaria, a 11 de setembro, Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, o governo norte-americano impôs a Lei Magnitsky ao juiz brasileiro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal do Brasil.

Esta lei, que autoriza o governo norte-americano a sancionar cidadãos estrangeiros envolvidos em atos de corrupção ou violações dos direitos humanos, foi aplicada pelos Estados Unidos com a justificação de que Alexandre de Moraes realizava "prisões arbitrárias" e "restrições à liberdade de expressão".

O Brasil e os Estados Unidos vivem, nos últimos meses, tensões comerciais e diplomáticas sem precedentes iniciadas com a imposição de tarifas de 50% por parte dos EUA a vários produtos brasileiros.

Esta crise entrou numa nova fase mais delicada na sequência da condenação de Bolsonaro, aliado político de Donald Trump.

Leia Também: EUA impõem sanções à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes

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