De acordo com fontes palestinianas, cinco pessoas ficaram feridas após a entrada do Exército de Israel na Universidade de Ramallah, que conduziu outra operação na Faculdade de Belas Artes, num teatro e na Universidade de Hebron.
A agência de notícias palestiniana Wafa noticiou que as forças israelitas detiveram um professor da Universidade de Hebron e um académico que chefiava um departamento científico.
Para Abdel Rahman Shadid, foi uma tentativa "desesperada de conter a resistência na Cisjordânia, liderada pela juventude revolucionária".
O dirigente do Hamas, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, disse ainda que a "ameaça de Israel contra a organização Bloco Islâmico (a ala estudantil do Hamas) e as tentativas de "desencorajar" os estudantes de participarem em atividades refletem fracasso face ao que disse ser a crescente consciencialização estudantil e indignação popular com a guerra na Faixa de Gaza.
Hoje de manhã, onze veículos do exército israelita entraram o campus da Universidade Birzeit, em Ramallah, deixando cinco seguranças feridos e causando danos materiais, incluindo portões e destruição de obras de arte dedicadas a Gaza.
Durante o ataque, as forças israelitas afixaram panfletos em árabe alertando os estudantes de que "podem vir a pagar um preço elevado" se participarem em atividades da ala estudantil do Hamas.
Outro local atacado pelos militares de Israel foi a Faculdade de Belas Artes assim como o Teatro Naseeb Azziz Shaheen, em Ramallah.
As forças israelitas destruíram murais que condenavam as universidades destruídas em Gaza pelos ataques israelitas.
O campus considerou o ataque israelita "uma mensagem agressiva" contra a cultura, a criatividade e a humanidade.
Apesar de a operação militar de Israel, o campus não fechou portas, com aulas e exames agendados para hoje.
A Cisjordânia ocupada enfrenta uma vaga de violência sem precedentes desde a Segunda Intifada (2000-2005).
Em 2024, pelo menos 491 palestinianos foram mortos no território por fogo israelita, a maioria militantes em campos de refugiados, mas também civis, incluindo pelo menos 75 menores.
Em 2025, mais de 100 palestinianos foram mortos em ataques israelitas, entre os quais 25 menores de idade, de acordo com uma contagem da agência de notícias espanhola EFE.
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