Mais de 70 mil pessoas encheram o State Farm Stadium, no Arizona, para aquele que foi o início das cerimónias fúnebres do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado durante uma palestra no Utah, EUA.
As exéquias do ativista de extrema-direita começaram com dezenas de milhares de seguidores e a pompa e a escala de um funeral de Estado, num evento que demorou mais de 5 horas.
O evento teve lotação esgotada, com 73.000 espetadores, e começou com cânticos de gospel, seguidos de um grupo de gaitas-de-foles a interpretar 'Amazing Grace' em frente a um grande retrato de Kirk montado num enorme palco.
Subiram depois ao palco Rob McCoy, um pastor californiano próximo de Kirk, que abriu o serviço fúnebre com o hino nacional, e outros oradores, entre os quais o presidente da universidade do Michigan onde Kirk estudou e membros da sua organização, Turning Point USA.
Discurso de Trump
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, transformou a homenagem ao ativista conservador Charlie Kirk, assassinado a 10 de setembro, num comício político em que apelou à "restauração da religião" e denunciou um "ataque contra toda a nação".
Trump descreveu o assassinato de Kirk como "um ataque contra toda a nação" e "contra as liberdades mais sagradas e os direitos fundamentais concedidos por Deus".
"O projétil foi disparado contra ele, mas estava apontado a todos nós", declarou Trump, garantindo que Kirk será condecorado postumamente com a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta distinção civil dos EUA.
Mulher de Kirk perdoa atirador
O evento, que durou quase cinco horas, contou com discursos de vários membros da Administração norte-americana, incluindo o vice-presidente, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, o secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., e a diretora dos serviços de informações, Tulsi Gabbard.
Todos exaltaram o papel de Kirk como figura central do conservadorismo cristão nos EUA. Fundador da organização Turning Point aos 18 anos, Kirk organizava debates em universidades e promovia os valores da direita cristã junto das camadas mais jovens, tendo desempenhado, segundo Trump, um papel determinante na eleição presidencial de 2024.
"A Administração está toda aqui, não apenas por amizade, mas porque, graças a Charlie, estamos todos aqui", afirmou JD Vance, um dos mais aplaudidos da noite.
A viúva do ativista, Erika Kirk, atual diretora executiva da Turning Point, subiu ao palco vestida de branco e disse perdoar o jovem de 22 anos suspeito do homicídio: "Charlie queria salvar jovens como aquele que lhe tirou a vida. Eu perdoo-o, porque é isso que Cristo faria".
A morte de Charlie Kirk
Charlie Kirk, de 31 anos, agora um grande mártir da extrema-direita nacionalista norte-americana, defendia a ideia de que valia a pena sacrificar as vidas de algumas pessoas, assassinadas a tiro nos Estados Unidos, para que todos cidadãos norte-americanos pudessem manter o direito de porte de armas de fogo.
Foi mortalmente atingido a tiro no pescoço a 10 de setembro, quando falava perante centenas de estudantes num evento organizado na Universidade de Utah Valley, no oeste dos Estados Unidos.
Kirk era um aliado próximo de Donald Trump, que anunciou que vai atribuir-lhe a título póstumo a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país.
Confira na galeria acima as imagens da cerimónia.
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