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Liga Árabe condena ataque em mesquita num campo de refugiados em Darfur

A Liga Árabe condenou hoje o ataque realizado na sexta-feira pelo grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) contra uma mesquita no campo de deslocados de Abu Chok, em Darfur, no norte do Sudão, que resultou na morte de pelos 75 pessoas.

Liga Árabe condena ataque em mesquita num campo de refugiados em Darfur

© -/AFP via Getty Images

Lusa
21/09/2025 15:31 ‧ há 1 semana por Lusa

Mundo

Sudão

O secretário-geral da organização pan-árabe, Ahmed Abulgeit, condenou o ataque num comunicado em que pediu o levantamento do cerco imposto pelas Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) a Al-Fashir, capital do Darfur do Norte e última grande cidade da região ainda controlada pelo exército regular, mais de dois anos após o início da guerra.

 

No texto, citado pela Agência EFE, Ahmed Abulgeit exigiu "a suspensão imediata das ações hostis em Al Fashir, o respeito e a proteção dos civis e a facilitação da entrada de ajuda" num local estratégico, que também abriga dois dos maiores campos de deslocados do Sudão, como Zamzam, que foi convertido um quartel militar para as RSF.

O Conselho Soberano do Sudão, o mais alto órgão executivo do país informou na sexta-feira que mais de 70 fiéis foram mortos na mesquita Al-Daraja em Al-Fashir enquanto realizavam as orações do amanhecer no dia sagrado muçulmano.

De acordo com a agência francesa de notícias, France-Presse (AFP), que citava a unidade de emergência do campo de deslocados, um 'drone' explosivo atingiu uma mesquita onde se encontravam reunidas dezenas de refugiados.

A coordenadora da Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão, Denise Brown, disse na sexta-feira que "o cerco contínuo de Al-Fashir já criou uma grave crise humanitária, interrompendo o acesso a alimentos, medicamentos e outros suprimentos vitais".

Um responsável das forças armadas, falando sob anonimato porque não está autorizado a falar com os meios de comunicação social, afirmou à AFP que os paramilitares tinham "assumido o controlo total" do campo na quinta-feira à tarde.

Cercada há mais de 500 dias por paramilitares, Al-Fashir alberga cerca de 260 mil civis, metade dos quais são crianças, segundo a ONU, que alerta também que a ajuda humanitária é quase inexistente.

A guerra no Sudão eclodiu a 15 de abril de 2023, já matou dezenas de milhares de pessoas. O conflito começou entre o exército regular sudanês, liderado por Abdel Fattah al-Burhan, e as RSF, lideradas por Mohamed Hamdan Dagalo ('Hemeti').

Leia Também: Pelo menos 75 mortos no Darfur em ataque num campo de refugiados

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