Perante milhares de pessoas, o pontífice norte-americano e peruano agradeceu às várias associações católicas "comprometidas com a solidariedade com a população de Gaza".
"Queridos amigos, agradeço a vossa iniciativa e a de muitos outros em toda a Igreja que manifestam a sua proximidade aos nossos irmãos e irmãs que sofrem nessa terra martirizada", acrescentou.
O Papa destacou ainda: "Com todos vós e os pastores das igrejas da Terra Santa, repito -- Não há futuro baseado na violência, no exílio forçado, nem na vingança".
"As pessoas precisam de paz. Os que a amam de verdade trabalham por ela", disse.
Na quarta-feira, durante a audiência geral, Leão XIV manifestou "profunda solidariedade" ao povo palestiniano em Gaza, que, referiu, "continua a viver com medo e sobrevive em condições inaceitáveis, obrigado, pela força, a abandonar mais uma vez as suas terras".
"Perante o Senhor omnipotente digo: Não matarás" e perante a história da humanidade digo que toda a pessoa tem sempre uma dignidade inviolável que deve ser respeitada e protegida", acrescentou.
Renovou, então, o apelo para um cessar-fogo, a libertação dos reféns, uma solução diplomática negociada e o pleno respeito do direito internacional humanitário.
A Santa Sé, que reconheceu o Estado da Palestina, tem apoiado a solução de dois Estados, Israel e Palestina.
A guerra em curso na Faixa de Gaza teve como causa direta o ataque do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A ofensiva israelita que se lhe seguiu provocou mais de 65.200 mortos na Faixa de Gaza e Israel foi acusado de genocídio por entidades independentes da ONU, relatores de direitos humanos, organizações não-governamentais e um número crescente de países.
A ONU declarou uma situação de fome no norte da Faixa de Gaza em agosto, no primeiro caso do género ocorrido no Médio Oriente.
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