"Acumulamos dívidas tão avultadas que estão a ser difíceis de pagar, por exiguidade dos recursos orçamentais", disse Roberto Albino, citado hoje pela comunicação social.
Segundo o ministro, dado ao défice, os fornecedores viram-se "obrigados" a interromper a provisão da vacina para Moçambique, que conta com uma dívida de cerca de 800 mil dólares (681 mil euros) ao Botsuana, um dos provedores da medicação ao país.
"Essa é que é a realidade e estamos a fazer esforço para pagar essa dívida (...), que nos permita fazer as vacinações obrigatórias", afirmou.
Como solução para o problema, o governante recomendou aos criadores destes animais que vendam parte da sua produção para a compra da medicação.
"Porque de facto, no orçamento do Estado, se já nem estamos a conseguir pagar as vacinas obrigatórias, imagina para dar os medicamentos para banho", acrescentou.
Em 30 de agosto, a primeira-ministra de Moçambique, Maria Benvinda Levi, pediu investimento na criação de gado para melhorar a dieta alimentar nacional e colocar o país na rota do comércio internacional.
"Realmente, Moçambique tem muito potencial nesta área e temos que investir", disse Benvinda Levi, durante um leilão agropecuário na Feira Internacional de Maputo (Facim), a maior exposição de bens e serviços do país.
A primeira-ministra moçambicana pediu "concentração" na produção de gado de qualidade, tanto para a produção de carne como para produção de leite e outros derivados.
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