Procurar

Irão considera ilegal 'luz verde' à reimposição de sanções

O embaixador do Irão na ONU classificou hoje como "precipitada, desnecessária e ilegal" a votação do Conselho de Segurança em favor da reimposição de sanções a Teerão por causa do seu programa nuclear.

Irão considera ilegal 'luz verde' à reimposição de sanções

© BRYAN R. SMITH/AFP via Getty Images

Lusa
19/09/2025 18:45 ‧ há 4 dias por Lusa

Mundo

Nuclear

"O Irão não reconhece qualquer obrigação de [as] aplicar", declarou Amir-Saeid Iravani ao Conselho de Segurança da ONU, descrevendo a medida como "política de coerção".

 

Após a votação do Conselho de Segurança, Israel apelou ao mundo para impedir "para sempre" a República Islâmica do Irão de se dotar de armas nucleares.

"O programa nuclear do Irão não se destina a fins pacíficos. Um Irão com armas nucleares significaria que o mais perigoso dos regimes possuiria a arma mais perigosa, minando radicalmente a estabilidade e a segurança mundiais", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, na rede social X.

"O objetivo da comunidade internacional não deve mudar: impedir que o Irão adquira poder nuclear para sempre", acrescentou Saar, cujo país atacou o Irão em junho e travou uma guerra de 12 dias com Teerão, destinada, segundo as autoridades israelitas, a destruir tanto quanto possível os seus meios nucleares e balísticos.

Pouco antes da votação, o embaixador francês nas Nações Unidas, Jérôme Bonnafont, afirmou: "Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para encontrar uma alternativa" ao restabelecimento das sanções, um mecanismo conhecido como "snapback".

Acrescentou, contudo: "Não temos outra opção senão avançar com o procedimento (...) que conduzirá, salvo decisão em contrário do Conselho, ao restabelecimento, a 28 de setembro, dos regimes de sanções adotados pelo Conselho antes de 2015 contra o Irão".

No entanto, insistiu que a oferta do trio europeu composto por Paris, Londres e Berlim para alcançar uma solução negociada até ao final da próxima semana continua em cima da mesa.

Em 2015, a França, o Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos, a Rússia e a China concluíram um acordo com Teerão, conhecido como JCPOA, que estabelecia um enquadramento para as atividades nucleares do Irão em troca do levantamento das sanções.

Esse acordo, aprovado pela Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, expira em meados de outubro.

Em 2018, durante o primeiro mandato do Presidente norte-americano, Donald Trump, os Estados Unidos retiraram-se do JCPOA e reimpuseram as suas sanções à República Islâmica.

O Irão afastou-se, então, do cumprimento de determinados compromissos previstos no acordo, nomeadamente em matéria de enriquecimento de urânio, pelo que os países ocidentais suspeitam que pretende produzir armas nucleares, embora Teerão o negue e defenda o seu direito a desenvolver um programa nuclear civil.

Após negociações e numerosos avisos, Paris, Londres e Berlim acionaram o mecanismo "snapback" no final de agosto, que permite o restabelecimento das sanções num prazo de 30 dias.

Esta semana, o trio europeu disse ao Irão que continua à espera de "gestos concretos".

Leia Também: Nuclear: ONU rejeita prolongar levantamento de sanções ao Irão

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10