A operação foi realizada por recomendação do Shin Bet, o serviço de segurança interna, que considerou que os manifestantes estavam "demasiado perto" das imediações da casa do primeiro-ministro, noticiou a agência espanhola Europa Press.
Os familiares acusam Netanyahu de colocar em risco a vida dos reféns com a ofensiva lançada contra a cidade de Gaza nos últimos dias.
Os manifestantes, na maioria ligados ao Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, estavam no local há quatro dias em protesto contra a operação terrestre para tomar a cidade de Gaza.
Antes do despejo, a organização tinha convocado para hoje à noite uma celebração do Kabalat Shabat, o serviço litúrgico que marca o início do descanso semanal judaico.
"As famílias convidam o público a unir-se, a apoiá-las e a reforçar o objetivo claro: um acordo abrangente para a libertação dos 48 reféns e o fim da guerra", disse o grupo numa mensagem nas redes sociais.
Os reféns foram raptados no sul de Israel durante o ataque de extremistas palestinianos liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023.
O ataque causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, 48 dos quais continuam em Gaza, mas apenas cerca de duas dezenas estarão vivos, segundo o exército israelita.
A ofensiva de Israel que se seguiu ao ataque já matou mais de 65.100 palestinianos, segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas.
Israel enfrenta acusações de genocídio e de bloquear a ajuda humanitária para usar a fome como arma de guerra, negadas pelo governo de Netanyahu, uma coligação que integra ultraortodoxos e a extrema-direita.
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