As despesas do setor, excluindo juros e depreciação, também aumentaram - 18,2% face a 2023 -, fixando-se em 35,26 mil milhões de patacas (3,4 mil milhões de euros), segundo o inquérito aos hotéis e similares referente a 2024, que inclui os dados da hotelaria de baixo custo, apresentado hoje pelos Serviços de Estatística e Censos de Macau.
O excedente bruto do setor, antes das deduções relativas aos juros e depreciação, foi assim de 8,11 mil milhões de patacas (860 milhões de euros).
Este inquérito, que abrange os estabelecimentos hoteleiros licenciados na RAEM e em atividade no ano de referência, registou 148 estabelecimentos hoteleiros, incluindo 104 hotéis e 44 alojamentos de baixo custo.
O comportamento do setor em 2024 foi marcado pelo aumento constante do número de hóspedes e da taxa de ocupação de quartos, decorrente do crescimento contínuo do número de entradas de visitantes ao longo do exercício, assinalou o serviço de estatísticas.
Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico, segundo dados da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) no final de agosto. O anterior recorde, 14,1 milhões de hóspedes, tinha sido fixado em 2019, antes da pandemia de covid-19.
Apesar do aumento do número de visitantes em 2024, que se tem prolongado por 2025, a DSEC identificou na apresentação dos resultados relativos ao primeiro trimestre do ano em curso a "alteração do padrão de consumo dos visitantes" como uma das principais razões para a queda de 1,3% da economia de Macau entre janeiro e março.
"Temos cada vez mais turistas, mas o nível de consumo está a baixar", alertou igualmente, em meados de maio, o chefe do Governo de Macau, Sam Hou Fai.
O consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 13,2% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2024.
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