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Noboa acusará de terrorismo quem pressione agricultores a protestar

O Presidente do Equador, Daniel Noboa, prometeu acusar de terrorismo quem pressione os agricultores a protestar contra à decisão do Governo de eliminar o subsídio ao gasóleo.

Noboa acusará de terrorismo quem pressione agricultores a protestar

© Lusa

Lusa
19/09/2025 06:07 ‧ há 4 dias por Lusa

Mundo

Equador

Noboa afirmou ter instruído a ministra do Ambiente e Energia, Inés Manzano, para garantir que nenhum dirigente sindical ameace os agricultores, sob pena de prisão de 30 anos.

 

O chefe de Estado deslocou-se a Riobamba, capital da província andina de Chimborazo, para entregar cem tratores, oito mil títulos e injetar diretamente cem milhões de dólares (85 milhões de euros) nos agricultores da região.

Os títulos, cada um dos quais no valor de mil dólares (850 euros), já foram distribuídos a 70 mil beneficiários.

O evento decorreu em simultâneo com a assembleia extraordinária da Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), a maior organização social do país andino, que culminou também em Riobamba com a convocação de uma "greve nacional por tempo indeterminado" contra o aumento do preço do gasóleo.

O Movimento Indígena e Camponês de Cotopaxi, uma das organizações indígenas mais fortes do Equador, apelou na quinta-feira à tomada de Latacunga (centro), capital da província de Cotopaxi, para onde Noboa transferiu temporariamente a sede do Governo esta semana.

O movimento indígena já tinha conseguido impedir as duas tentativas anteriores de eliminar os subsídios aos combustíveis, em 2019 e 2022, liderando protestos maciços por todo o país que obrigaram os então presidentes Lenín Moreno (2017-2021) e Guillermo Lasso (2021-2023) a reverter as decisões.

A eliminação do subsídio, anunciada na sexta-feira, gerou tensão social no país e levou a manifestações de rua e à recém-convocada greve nacional indígena, apesar do estado de emergência declarado na terça-feira por Noboa nas províncias onde podem ocorrer protestos.

Na quinta-feira, o Presidente alargou a Chimborazo o estado de emergência que já contemplava outras sete províncias e impôs um recolher obrigatório noturno em cinco das 24 regiões do Equador.

O governo espera libertar anualmente 1,1 mil milhões de dólares (934 milhões de euros) para projetos de proteção social e incentivos para pequenas e médias empresas com o fim do subsídio, que elevou o preço do gasóleo em 56%.

A decisão faz parte do pacote de cortes promovido por Noboa para reduzir o défice orçamental e para cumprir as metas acordadas num empréstimo do Fundo Monetário Internacional.

Na quarta-feira, Noboa propôs, para novembro, um referendo sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte para redigir uma nova Constituição que reforçe a repressão do crime organizado.

Com portos no oceano Pacífico, uma economia baseada no dólar norte-americano e uma localização entre a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador tornou-se o ponto de partida de 70% da cocaína mundial, segundo dados oficiais.

Leia Também: Presidente do Equador quer nova Constituição para combater crime organizado

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