"A Rússia representará uma ameaça à Dinamarca e à Europa por muitos anos", disse a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, numa conferência de imprensa em Copenhaga.
Copenhaga vai comprar, designadamente, drones e mísseis que alguns dos seus aliados na NATO "possuem ou estão em vias de adquirir", precisou o ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen. O tipo de armas ainda não foi determinado.
"Com essas armas, a defesa dinamarquesa poderá atingir alvos a longas distâncias e, por exemplo, neutralizar ameaças de mísseis inimigos", acrescentou a primeira-ministra.
Frederiksen evocou a possibilidade de "neutralizar as rampas de lançamento de mísseis e as infraestruturas destinadas a aviões e drones".
"Trata-se de uma mudança de paradigma na política de defesa dinamarquesa", frisou a chefe do Governo de Copenhaga.
O anúncio deve contribuir para a ambição da NATO de que a Europa possa defender-se até 2030, o mais tardar, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, o rearmamento tem sido uma prioridade do Governo da social-democrata Mette Frederiksen.
Na semana passada, Copenhaga anunciou a aquisição de oito sistemas de defesa antiaérea de longo e médio alcance a fabricantes europeus.
Leia Também: Rússia deteve ciclista francês que tentava recorde Lisboa-Vladivostok