Diamantino Pereira, de 24 anos, viveu um dos piores pesadelos que os jovens podem ter. Ficou sem as duas pernas, num violento despiste de mota, no passado dia 27 de agosto, na zona do Porto Novo, em Santa Cruz, na ilha da Madeira.
Mas podia ter sido pior. O jovem considera mesmo que foi um milagre ter sobrevivido. Nesse fatídico dia, como contou nas redes sociais e, posteriormente, ao jornal Diário de Notícias da Madeira, seguia na sua mota, na Via Rápida, quando perdeu o controlo da mesma devido a uma poça de água.
Foi projetado contra os rails, que lhe amputaram, automaticamente, as duas pernas.
Um amigo, que seguia numa outra mota atrás dele, presenciou todo o acidente. Logo a seguir, passou uma médica, que o poderá ter sido a sua salvação.
"Foi tudo muito rápido, mas lembro-me de levantar a cabeça e ver que não tinha as pernas. Entrei em pânico e achei que a minha vida tinha acabado ali. Sei que nessa hora passou uma médica no local que me fez um garrote e, provavelmente, foi isso que me salvou", contou ao jornal regional.
Já no hospital, Diamantino foi submetido a 18 transfusões de sangue. Além da amputação das pernas, o barman também fraturou duas costelas, a clavícula e o fémur, o que o obrigou a ser operado duas vezes. O seu pulmão esquerdo também colapso, pelo que foi necessário colocar um dreno.
Agora encontra-se em fase de recuperação. Assim que as feridas sararem, Diamantino iniciará a reabilitação, muito provavelmente, fora da Madeira.
Entretanto, para comprar as próteses que lhe darão mais autonomia o jovem lançou uma angariação de fundos. O objetivo é chegar aos 20 mil euros. Em menos de um dia, o jovem já recebeu mais de 700 doações e conseguiu angariar 80% do valor.
No futuro, Diamantino pretende também voltar ao trabalho que tanto gosta, o de barmen.
"Tenho de encarar a vida com positivismo. Não tenho as duas pernas, mas sei que pelo mundo há quem tenha perdido duas pernas e um braço. É por isso que devemos valorizar a vida e as oportunidades que temos. Há sempre alguém em situação pior e o importante é manter a cabeça erguida", notou, deixando o alerta a todos os motociclistas: "tenham muita atenção ao equipamento que usam, porque a proteção é essencial".
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