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Arranca em Pequim o principal evento da diplomacia militar da China

O Fórum de Xiangshan, o principal evento anual da diplomacia militar chinesa, arranca hoje em Pequim, com delegações de mais de 100 países, incluindo Brasil, França e Rússia, após o recente desfile militar na capital chinesa.

Arranca em Pequim o principal evento da diplomacia militar da China

© Lusa

Lusa
17/09/2025 07:08 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

China

A edição deste ano decorre até sexta-feira, sob o lema "Manter a ordem internacional e promover o desenvolvimento pacífico".

 

A cerimónia de abertura e as duas primeiras sessões plenárias estão previstas para quinta-feira, dia em que o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, deverá intervir.

A agenda inclui debates sobre segurança global, relações entre grandes potências, segurança na Ásia-Pacífico, resolução política de conflitos, controlo do armamento, novas tecnologias e formas de guerra.

O evento coincide com os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e da fundação da ONU, efemérides evocadas em vários dos painéis previstos.

De acordo com os organizadores, estão confirmadas presenças de representantes de países como Singapura, Vietname, França, Rússia, Nigéria e Brasil, bem como de organizações regionais e internacionais.

O Pentágono indicou que será representado pelo adido de Defesa da embaixada dos Estados Unidos em Pequim.

"O Fórum de Xiangshan tem ganho influência internacional, com as relações entre grandes potências no topo da agenda", afirmou Cao Yanzhong, investigador da Academia de Ciências Militares do Exército de Libertação Popular (ELP), citado pelo jornal oficial chinês Global Times.

Segundo Cao, "as relações China-EUA continuam a atrair grande atenção mediática" e Washington "reconhece o crescente poder da China e respeita cada vez mais o seu estatuto de grande potência".

A realização do fórum ocorre semanas após um desfile militar em Pequim, a 03 de setembro, que contou com a presença dos líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

No discurso que antecedeu o desfile, Xi Jinping apelou à eliminação das "causas da guerra" e advertiu que o mundo deve escolher "entre a paz e a guerra".

Durante o evento, a China exibiu mísseis hipersónicos, veículos aéreos não tripulados ('drones') e armamento de última geração, que deverão atrair a atenção dos delegados estrangeiros presentes no fórum.

O fórum decorre também num contexto de escândalos internos nas Forças Armadas chinesas. Nas últimas semanas, a Força de Foguetões suspendeu 74 especialistas e 116 fornecedores devido a irregularidades em contratos nos últimos nove anos.

A Comissão Militar Central divulgou em julho novas diretrizes para reforçar a disciplina política e a integridade dos quadros militares, após vários escândalos de corrupção que atingiram até ex-ministros da Defesa.

Em editoriais recentes, o Diário do ELP sublinhou a necessidade de "dizer a verdade" e promover honestidade e "espírito de luta" para erradicar o clientelismo nas Forças Armadas.

Leia Também: China e Europa "devem ser amigos, não rivais"

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