Os manifestantes iniciaram segunda-feira um protesto para exigir a anulação da compra de automóveis para os deputados, o fim da pensão vitalícia atribuída aos parlamentares, bem como a revisão da lei da manifestação e a alocação de verbas para o desenvolvimento.
Com palavras de ordem contra os partidos políticos timorenses, os jovens começaram a juntar-se na Universidade Nacional de Timor-Leste, em frente ao parlamento, às primeiras horas da manhã, tal como as forças de segurança, que já procederam ao corte da Avenida de Lisboa.
"Continuamos a apresentar a nossa segunda exigência, que é a eliminação da pensão vitalícia. Até agora ainda não tivemos uma resposta positiva do parlamento", disse à Lusa Natalizio Moniz, porta-voz dos estudantes.
O Parlamento Nacional aceitou terça-feira a primeira exigência dos estudantes ao aprovar, por unanimidade, uma resolução que anula a aquisição das viaturas.
"Hoje, no terceiro dia, estivemos reunidos com o parlamento para apresentar e discutir de forma clara as nossas exigências. Estamos comprometidos em ver a lei da pensão vitalícia eliminada. Essa é a nossa posição", salientou Natalizio Moniz.
Nas declarações à Lusa, o porta-voz dos estudantes agradeceu aos deputados pela decisão tomada em relação à compra de viaturas e à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), a quem pediu para continuar a garantir a paz e a estabilidade.
O porta-voz do comando do PNTL, o superintendente João Belo dos Reis, informou hoje que, nos protestos de terça-feira, uma viatura do Estado foi incendida, o posto da polícia de Kaokoli sofreu danos e alguns agentes da polícia, estudantes e um jornalista sofreram ferimentos ligeiros.
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