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Um desaparecido e dois detidos arbitrariamente em três dias na Venezuela

Duas pessoas foram arbitrariamente detidas nos últimos três dias na Venezuela e um outro cidadão está desaparecido na Venezuela, denunciaram sábado a ONG Programa Venezuelano de Ação e Educação em Direitos Humanos (Provea) e o partido opositor Voluntad Popular.

Um desaparecido e dois detidos arbitrariamente em três dias na Venezuela

© SCHNEYDER MENDOZA/AFP via Getty Images

Lusa
14/09/2025 06:31 ‧ há 2 semanas por Lusa

Segundo a Provea, os médicos Juan Torres e a mulher, Elizabeth Rodríguez, foram detidos a 10 de setembro na cidade de Valera, estado de Trujillo, por funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin, serviços de informações).

 

A detenção, de acordo com a organização na rede social X, teve lugar quando o casal se dirigia para o trabalho e depois de "inúmeras ameaças por parte do Governo" venezuelano.

Juan Torres, coordenador do Movimento Renovação Cidadã, "denunciava publicamente a falta de recursos e transparência no Hospital Central de Valera, onde trabalhou durante anos até lhe ter sido proibida a entrada".

"Após a detenção, a casa de Torres e de Rodriguez foi invadida sem mandado judicial e sem a presença de promotores do Ministério Público. Durante o procedimento, houve roubo de pertences e destruição de propriedade privada, de acordo com o denunciado pelos familiares", acusou a organização.

Por outro, na mesma rede social, o partido Vontade Popular (VP), denunciou que o ex-presidente da Câmara Municipal de Barquisimeto, Estado de Lara, Macário González, está desaparecido desde o meio dia local de sexta-feira, 12 de setembro.

"Até o momento, não há informações oficiais sobre seu paradeiro nem sobre as circunstâncias do seu desaparecimento. Exigimos saber onde está e que seja respeitada a sua integridade física e moral", reclamou o partido.

Ainda na rede social X, o VP precisou que Macario González faz parte da direção nacional da organização política da oposição.

"A perseguição contra aqueles que lutam por uma Venezuela livre (...) continua a aumentar. Apelamos à comunidade internacional e a todos os venezuelanos para que se mantenham alerta sobre este caso", sublinha o partido.

Em Barquisimeto, no Estado de Lara, em 19 de julho último, foi detido arbitrariamente o médico radiologista e dirigente luso-venezuelano Manuel Enrique Ferreira, nas proximidades do Centro Clínico Valentina Canabal.

Fontes da comunidade médica local, explicaram à Lusa que o luso-venezuelano foi obrigado "por homens armados sem identificação e sem apresentarem uma ordem judicial" a subir para uma viatura.

De acordo com os dados da organização não-governamental Foro Penal (FP) em 09 de setembro, 823 pessoas estavam detidas na Venezuela por motivos políticos, 723 homens e 100 mulheres.

Do total de presos políticos, 653 são civis e 170 militares, correspondendo a 819 adultos e quatro adolescentes. Segundo o FP, 91 presos políticos são estrangeiros.

A organização contabiliza ainda 18.486 detenções por motivos políticos na Venezuela desde 2014.

Leia Também: Venezuela acusa Estados Unidos de apreensão ilegal de barco de pesca

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