Em conferência de imprensa, no quartel-general da NATO, em Bruxelas, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, anunciou o reforço da presença militar para "fortalecer ainda mais a postura" defesa naquele flanco que faz fronteira com a Rússia.
O reforço militar não é exclusivo para a Polónia, mas o anúncio foi feito dias após uma invasão do espaço aéreo polaco por drones (veículos aéreos não tripulados) russos, intercetados pela Força Aérea polaca.
A iniciativa denominada "Sentinela Oriental" vai começar "nos próximos dias", disse Mark Rutte, sem avançar uma data concreta.
O secretário-geral da NATO acrescentou que o dispositivo de defesa reforçado vai contar com ativos da Dinamarca, França, Reino Unido, Alemanha e outros.
"Além das capacidades militares mais tradicionais, este esforço vai incluir também elementos concebidos para fazer frente aos desafios particulares associados com a utilização de drones", adiantou o secretário-geral da organização, da qual Portugal é Estado-membro fundador.
Os drones têm sido a principal arma utilizada pela Rússia nos ataques a cidades e infraestruturas energéticas e civis na Ucrânia.
Para Mark Rutte, o dispositivo de segurança da NATO vai trazer "flexibilidade e força" à postura defensiva da Aliança Atlântica e insistiu que não se trata de instigar conflitos, mas de reforçar a postura de dissuasão: "Vamos estar sempre preparados para defender [...], vai [o reforço da dissuasão] estar mais centrada, onde é necessária."
A invasão do espaço aéreo da Polónia por drones russos foi o incidente direto mais sério em Estados-membros da NATO desde o início do conflito na Ucrânia, há mais de três anos.
[Notícia atualizada às 20h24]
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