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Bélgica nega destruição de lotes de contracetivos norte-americanos

A eventual destruição de contracetivos femininos, armazenados na Bélgica, depende da autorização do Governo flamengo e, até ao momento, nenhum lote foi destruído, disse hoje fonte oficial.

Bélgica nega destruição de lotes de contracetivos norte-americanos

© Reuters

Lusa
12/09/2025 16:21 ‧ há 3 semanas por Lusa

"Estes produtos enquadram-se na proibição de incineração de bens reutilizáveis", o que podia ser contornado por uma isenção, mas "nenhum lote foi enviado para incineração", disse o porta-voz do ministro do Ambiente e da Agricultura flamengo, Jo Brouns, à agência de notícias France-Presse (AFP).  

 

Aquele material norte-americano encontra-se num depósito localizado na Bélgica.

A edição de hoje do jornal norte-americano The New York Times noticiou que os lotes de contracetivos, no valor de 10 milhões de dólares (8,5 milhões de euros), destinados a países em desenvolvimento, foram já destruídos pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.

A notícia do jornal norte-americano citava um funcionário da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), atualmente sob a tutela do Departamento de Estado norte-americano.

Pílulas anticoncecionais, DIU (dispositivos intrauterinos) e outros implantes foram destruídos por ordem da administração do Presidente Donald Trump, "num local desconhecido", acrescentou o New York Times.

"Trump está empenhado em proteger a vida das crianças em gestação em todo o mundo", refere um comunicado, citado pelo diário norte-americano.

Estes produtos, como os implantes contracetivos e os DIU, inicialmente destinados a países africanos, estão no centro de uma crise que se prolonga desde julho entre as autoridades norte-americanas e belgas.

Bruxelas tentou convencer Washington de que a destruição deve ser evitada.

A intenção da administração Trump é "destruir certos produtos contracetivos abortivos dos contratos da USAID" assinados durante a administração do Presidente Joe Biden (2020-2025), explicou um porta-voz do Departamento de Estado, em meados de julho.

A atual administração de Donald Trump reduziu drasticamente a ajuda internacional a programas de planeamento familiar.

O anúncio do Governo norte-americano, em meados de julho, desencadeou também protestos de organizações não-governamentais em França.

A 05 de setembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, disse à AFP que o país continuava a "implorar vigorosamente" a Washington para se evitar a destruição do material.

Leia Também: Milhares manifestam-se em Bruxelas e exigem fim de relações com Israel

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