"[O embaixador russo em França] será convocado esta manhã. Vamos dizer-lhe que não seremos intimidados", declarou Barrot à rádio France Inter.
"Intencional ou não, acidental ou não, tudo isto é muito grave. Tudo isto é absolutamente inaceitável. Tudo isto se soma às inúmeras provocações de [presidente russo] Vladimir Putin", declarou o ministro francês.
Para Barrot, "é uma estratégia deliberada da Rússia para nos intimidar, para nos testar".
Além da condenação, Jean-Noël Barrot sublinhou que a França "sinalizou imediatamente a sua disponibilidade para contribuir ainda mais para o reforço de proteção do flanco oriental da NATO, ou seja, a Europa de Leste".
O Presidente Emmanuel Macron anunciou na noite de quinta-feira que a França iria enviar três caças Rafale.
Os caças franceses serão "encarregados de detetar e, se necessário, destruir vetores de drones que ameacem o território polaco. E outros países irão nos seguir", acrescentou Macron.
Questionado sobre as críticas de Kiev à falta de reações concretas dos europeus, Jean-Noël Barrot respondeu que as aeronaves holandesas e italianas abateram drones russos "a algumas dezenas de quilómetros de profundidade no território polaco".
"Esta é uma reação muito forte", avaliou Barrot.
Considerada deliberada por Varsóvia, a intrusão de 19 alegados drones russos no espaço aéreo polaco na noite de terça-feira para quarta-feira, em plena guerra na Ucrânia, atraiu a condenação unânime dos aliados europeus.
A Polónia, a Suécia, a Holanda, a República Checa, a Roménia, a Bélgica e a Espanha também convocaram nos últimos dias os embaixadores russos ou encarregados de negócios das missões diplomáticas.
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