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Manobras militares na Bielorrússia "não são dirigidos contra ninguém"

Moscovo negou hoje que os Exercícios russo e bielorrusso que começam sexta-feira na Bielorrússia, sejam dirigidos contra países terceiros e que se incluem no tratado de cooperação na defesa.

Manobras militares na Bielorrússia "não são dirigidos contra ninguém"

© MAXIM SHEMETOV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
11/09/2025 12:57 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Rússia

O porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitri Peskov, disse em conferência de imprensa que as manobras designadas como 'Zapad-2025' têm como objetivo dar continuidade à cooperação militar e reforçar a interação estratégica entre dois países aliados.

 

"(Os exercícios militares) não são dirigidos contra ninguém", sublinhou Peskov acrescentando que as relações entre a Rússia e a Bielorrússia "não são segredo para ninguém". 

As manobras que começam na sexta-feira vão ocorrer dois dias depois de aparelhos aéreos não tripulados (drones) russos terem violado o espaço aéreo polaco.

A Polónia classificou a incursão como um "ato de agressão".

Peskov negou a acusação.

A Rússia e a Bielorrússia vão realizar as primeiras manobras Zapad desde 2021, quando os exercícios foram comandados pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

Os exercícios, entre 12 e 16 de setembro, vão ser realizados sobretudo em campos de treino militar em Borisov, perto da capital bielorrussa e a cerca de 450 quilómetros da fronteira com a Polónia.

De acordo com os ministérios da Defesa dos dois países, as manobras visam reforçar a segurança militar da União Estatal Rússia-Bielorrússia face ao que consideram ser a ameaça da Aliança Atlântica.

Em princípio, vão participarão menos efetivos militares do que em 2021, quando foram registados 200 mil soldados.

Além de militares russos e bielorrussos devem participar nas manobras que começam na sexta-feira soldados de outros países como a Índia e o Irão.

De acordo com o Estado-Maior Bielorrusso, as manobras vão incluir lançamentos simulados de armas nucleares e mísseis balísticos hipersónicos Oreshnik.

A Bielorrússia, principal aliado da Rússia na guerra da Ucrânia, assinou um acordo de segurança com Moscovo no final de 2024, após o qual o líder russo Vladimir Putin anunciou a possibilidade de vir a instalar mísseis Oreshnik no país vizinho no segundo semestre de 2025.

Putin garantiu então que a Rússia está pronta a defender a Bielorrússia "com todas as forças" disponíveis, incluindo as armas nucleares táticas que Moscovo deslocou para o país vizinho após o início da guerra na Ucrânia.

O Oreshnik, um míssil de médio alcance capaz de transportar ogivas nucleares, pode teoricamente, atingir alvos a milhares de quilómetros de distância com uma margem de erro de apenas algumas dezenas de metros.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, cujo país fechou a fronteira com a Bielorrússia, afirmou na quarta-feira que os mísseis Zapad-2025 vão simular a tomada do chamado 'Corredor Suwalki', uma faixa com algumas dezenas de quilómetros de largura que é a única ligação terrestre entre os Estados Bálticos e a Polónia.

Leia Também: Rússia avança com eleições locais e regionais apesar dos ataques ucranianos

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