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Lecornu promete roturas para acabar com a crise política em França

O novo primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, prometeu hoje ruturas, antes de enfrentar a difícil tarefa de formar um governo para quebrar o impasse político do país, afetado pelos protestos contra a austeridade fiscal e a desigualdade.

Lecornu promete roturas para acabar com a crise política em França

© Getty Images

Lusa
10/09/2025 22:40 ‧ há 3 semanas por Lusa

A cerimónia de entrega do poder do seu antecessor, François Bayrou, deposto pelos deputados na segunda-feira, decorreu em simultâneo num dia apelidado de 'Bloquear Tudo', iniciativa lançada este verão nas redes sociais e que resultou em centenas de bloqueios ou tentativas de bloqueio.

 

As manifestações juntaram 175 mil pessoas em toda a França, segundo os mais recentes dados do Ministério do Interior.

Um novo dia de mobilização, desta vez convocado pelos sindicatos, está agendado para 18 de setembro.

Num breve discurso, Lecornu comprometeu-se com avanços, quer no método, quer na substância, garantindo que não há outro "caminho impossível" para sair da crise política.

"Chegaremos lá", assegurou, antes de se reunir com figuras-chave de vários partidos políticos para encontrar um compromisso que permita a formação de um Governo e a adoção de um orçamento.

Amigo próximo do Presidente Emmanuel Macron e ministro em todos os governos desde 2017, Sébastien Lecornu foi nomeado para substituir o centrista François Bayrou, que tinha encarregado o seu governo de uma proposta de orçamento de austeridade que incluía 44 mil milhões de euros em poupanças, numa tentativa de conter o aumento da dívida pública (114% do PIB).

Quinto primeiro-ministro de Emmanuel Macron desde a sua reeleição em 2022 e o terceiro num ano, precisa agora de construir um Governo que dure mais tempo do que os dos seus antecessores (91 dias para Michel Barnier, menos de nove meses para François Bayrou) e, depois, aprovar um orçamento antes do final do ano.

A França vive um impasse político desde a dissolução da Assembleia Nacional (Parlamento) em junho de 2024, agora dividida em três grandes blocos sem maioria (aliança de esquerda, centro-direita e extrema-direita).

Sete em cada dez franceses (69%) acreditam que a nomeação de Sébastien Lecornu, de 39 anos e praticamente desconhecido do público em geral, "não corresponde às suas expectativas", e 56% têm uma opinião negativa sobre ele, segundo uma sondagem da Odoxa-Backbone para o jornal Le Figaro.

A sua nomeação como primeiro-ministro foi também criticada pela oposição, com o partido de esquerda radical La France Insoumise (França Insubmissa, LFI, na sigla em francês) a anunciar que iria apresentar uma moção espontânea de censura quando este apresentar o seu Governo aos deputados.

O partido de extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês), que não o quer censurar de imediato, aguarda uma rutura com as políticas até agora adotadas, alertou o seu presidente, Jordan Bardella.

Leia Também: Lecornu, de quase monge a discreto macronista e primeiro-ministro

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