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Zelensky lamenta "falta de ação" perante drones russos na Polónia

O presidente ucraniano lamentou hoje a "falta de ação" dos líderes ocidentais depois de terem sido intercetados, durante a noite, pela Polónia, de drones russos que invadiram o espaço aéreo polaco.

Zelensky lamenta "falta de ação" perante drones russos na Polónia

© LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images

Lusa
10/09/2025 19:53 ‧ há 1 dia por Lusa

"Houve muitas declarações, mas até agora há uma falta de ação", declarou Volodymyr Zelensky no discurso diário, considerando que "a Rússia não recebeu uma resposta firme (...), uma resposta que se traduzisse em medidas concretas".

 

Zelensky sustentou que a invasão dessas aeronaves não-tripuladas do território polaco é uma "manobra calculada da Rússia" para "testar os limites do possível" e a "resposta dos países da NATO".

O líder ucraniano indicou ainda ter conversado por telefone com os primeiros-ministros polaco, Donald Tusk, e britânico, Keir Starmer, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmando ter proposto partilhar a experiência da Ucrânia em matéria de combate aos drones.

A Polónia relatou 19 violações do espaço aéreo durante a noite e anunciou ter abatido pelo menos três drones russos, segundo Varsóvia, que afirmou ter-se tratado de um ato deliberado.

O Ministério da Defesa russo negou ter atacado a Polónia e o Ministério dos Negócios Estrangeiros acusou Varsóvia "de espalhar mitos" para intensificar a guerra na Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já causou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado, em ofensivas com drones, alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões -- Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.

Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.

Leia Também: Drones russos nos céus da Polónia - um teste para a NATO

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