Os dois líderes apertaram as mãos diante dos fotógrafos e câmaras em Downing Street.
Antes do encontro, o gabinete de Herzog indicou que o Presidente israelita irá "salientar que qualquer iniciativa que vise reconhecer um Estado palestiniano nesta fase equivaleria a recompensar o terrorismo e poderia comprometer os esforços para obter a libertação dos reféns e pôr fim à guerra".
Por outro lado, acrescentou a mesma fonte, Herzog irá "denunciar também a existência de uma onda horrível de antissemitismo" no Reino Unido.
Keir Starmer condenou os ataques perpetrados na terça-feira por Israel em Doha contra líderes do Hamas, denunciando uma "violação da soberania do Qatar", e indicou que o faria saber "com a maior clareza" ao Presidente israelita.
"Serei também muito claro quanto ao facto de que as restrições à ajuda humanitária devem ser levantadas, que a ofensiva em Gaza deve cessar e que a construção de colonatos deve acabar", declarou, mais cedo nesse dia, o líder trabalhista perante o Parlamento britânico, sublinhando a importância de uma solução diplomática, "única forma de libertar os reféns" israelitas detidos pelo Hamas.
No final de julho, Starmer anunciou que o Reino Unido reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, a menos que Israel assuma uma série de compromissos, incluindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Esta declaração, imediatamente condenada por Israel, surgiu após o anúncio da França no mesmo sentido e que tal aconteceria durante a Assembleia Geral da ONU no final de setembro. Outros países, incluindo o Canadá, Austrália e Bélgica, manifestaram a mesma intenção.
O Reino Unido também impôs sanções contra dois ministros israelitas de extrema-direita, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, acusando-os de "incitar à violência" contra os palestinianos na Cisjordânia. Londres também sancionou colonos na Cisjordânia.
Ao contrário de países como a Espanha, o Reino Unido não qualifica a guerra travada por Israel em Gaza como "genocídio".
Numa carta enviada a 01 deste mês a uma responsável parlamentar, o então ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, indicou que "de acordo com a Convenção sobre o Genocídio, o crime de genocídio só é constituído se existir uma 'intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso'".
"O governo não concluiu que Israel agiu com essa intenção", escreveu Lammy.
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