Israel confirmou ter atacado "alvos militares" dos rebeldes em Sana e na região de Al-Jawf, no norte do Iémen, um dia depois de ter intercetado um míssil lançado do país árabe.
A televisão dos rebeldes Al-Massirah noticiou várias mortes num edifício atingido pelas forças israelitas.
"Mártires, feridos e várias casas danificadas no ataque israelita", informou a televisão, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Uma grande nuvem de fumo cinzento elevou-se sobre Sana, enquanto o som dos ataques ressoava por toda a cidade, regularmente atacada por Israel, segundo jornalistas da AFP.
O porta-voz militar dos Hutis, Yahya Saree, disse nas redes sociais que as defesas aéreas dos rebeldes tinham enfrentado a aviação israelita, mas sem pormenores.
O exército israelita confirmou num comunicado ter atacado "alvos militares" Hutis nas regiões de Sana e Al-Jawf, depois de ter anunciado na terça-feira que tinha intercetado um míssil lançado do Iémen.
Os alvos atingidos incluíam "campos militares onde membros do regime terrorista foram identificados, a sede das relações públicas militares dos Hutis e um depósito de combustível", precisou o exército.
O novo ataque ocorre poucos dias depois de um drone lançado do Iémen ter ferido um homem ao cair no aeroporto de Ramon, no sul de Israel, em 07 de setembro.
Ataques israelitas em agosto mataram o primeiro-ministro e 11 líderes Hutis, na maior operação de Israel contra os rebeldes que controlam grandes partes do Iémen.
Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do grupo radical palestiniano Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023, os Hutis intensificaram os ataques contra Israel.
Também têm atacado navios mercantes ligados a Israel ao largo do Iémen, afirmando agir em solidariedade com os palestinianos.
Em resposta, Israel realizou várias séries de ataques mortais no Iémen, visando portos, centrais elétricas e o aeroporto internacional de Sana.
Os rebeldes do Iémen integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão que combate Israel e que integra outros grupos radicais, como o Hamas, a Jihad Islâmica palestiniana e o Hezbollah libanês.
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