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Hamas diz manter capacidade de tomar decisões após ataque em Doha

O Hamas mantem a capacidade de tomar decisões e de "exercer o papel nacional" depois do bombardeamento israelita da sua delegação no Qatar, anunciou hoje um dirigente do grupo radical palestiniano.

Hamas diz manter capacidade de tomar decisões após ataque em Doha

© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

Lusa
10/09/2025 15:25 ‧ há 1 dia por Lusa

O Hamas "manterá a coordenação com várias fações para alcançar uma decisão nacional que represente todos os palestinianos", disse Husam Badran, um alto funcionário do braço político grupo, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.

 

Israel atacou na terça-feira a delegação do Hamas em Doha, capital do Qatar.

O grupo disse que sofreu cinco baixas no ataque, que matou também um polícia do Qatar, mas que os principais dirigentes sobreviveram.

O Hamas denunciou uma "tentativa traiçoeira por parte da ocupação sionista de assassinar a delegação negociadora", que estava reunida para discutir uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada pelos Estados Unidos.

"Lutamos pelo nosso povo, negociamos e agimos política e diplomaticamente pelo nosso povo", disse Badran, segundo jornal palestiniano Filastin.

O mesmo dirigente reafirmou a acusação de que Israel "representa uma verdadeira ameaça à segurança e à estabilidade da região".

"Está em guerra aberta contra todos, não apenas contra o povo palestiniano. Nós, como palestinianos e como parte do Hamas, continuaremos a defender-nos a nós próprios e ao nosso direito à autodeterminação", afirmou.

Badran disse que o ataque contra Doha confirmou que Israel "não é um país normal".

É antes "um grupo de bandidos, assassinos e terroristas que dirigem um Estado com capacidades militares significativas e crenças extremistas enraizadas em preconceitos racistas", acusou.

O primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abdulrahmán al Thani, denunciou o ataque israelita como um ato de "terrorismo de Estado".

Disse que o Qatar, um dos mediadores nos esforços para alcançar um novo acordo de cessar-fogo em Gaza, se reserva o direito de responder ao ataque.

Afirmou ainda que as políticas do homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, fazem parte das "contínuas tentativas de perturbar a segurança e a estabilidade regionais".

O Hamas enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, quando liderou um ataque em Israel que matou 1.200 pessoas e faz 251 reféns.

A retaliação de Israel já fez mais de 64 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

A ONU declarou em agosto uma situação de fome em algumas zonas do enclave palestiniano, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

Leia Também: "Se o Hamas não aceitar condições de Israel, Gaza será destruída"

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