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Países africanos condenam o ataque israelita em Doha

Vários países africanos condenaram o ataque israelita de terça-feira em Doha, a capital do Qatar, considerando-o como uma violação da soberania nacional desta nação árabe, o que pode agravar a crise já em curso no Médio Oriente.

Países africanos condenam o ataque israelita em Doha

© JACQUELINE PENNEY/AFPTV/AFP via Getty Images

Lusa
10/09/2025 14:22 ‧ há 3 semanas por Lusa

Mundo

Qatar

"Esta violação flagrante da soberania e integridade territorial do Estado do Qatar ocorre num contexto em que o Governo de Doha desempenha um papel de destaque como facilitador para alcançar um cessar-fogo em Gaza e a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas", declarou hoje o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO, na sigla em inglês) da África do Sul.

 

O DIRCO classificou esses factos como "violação flagrante do direito internacional" e afirmou que "comprometem a proteção dos civis, conforme estabelecido pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional humanitário".

A República Democrática do Congo (RDCongo), nação vizinha de Angola, também condenou o bombardeamento. 

A RDCongo vê no Qatar um importante parceiro, uma vez que este país atua como mediador nas suas conversações com o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) e com o vizinho Ruanda, que alegadamente apoia os ataques dessa milícia no leste da RDCongo.

A RDCongo "reafirma a sua solidariedade com o Qatar, reconhecendo o seu papel de longa data como mediador e defensor do diálogo e da paz", afirmou o Ministério da Comunicação congolês em comunicado.

A Somália juntou-se a estas condenações. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros somali condenou "as ações militares terroristas levadas a cabo pelas autoridades de ocupação israelitas, que violam a soberania nacional do Estado irmão do Qatar e atacam deliberadamente civis inocentes".

Assim, o governo somali pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que tome medidas imediatas.

A Mauritânia também descreveu o Qatar como um país irmão e apelou à comunidade internacional para "agir com firmeza perante esta agressão", enquanto o Sudão expressou a sua "total solidariedade" com Doha.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Mahmoud Ali Youssouf, expressou logo no próprio dia do ataque preocupação e alertou que esta ação ameaça agravar "uma situação já frágil" no Médio Oriente.

O bombardeamento perpetrado na terça-feira é o primeiro ataque executado por Israel no Qatar e teve como alvo uma reunião de líderes do Hamas em Doha, onde estavam a analisar a última proposta dos Estados Unidos para alcançar um cessar-fogo, a libertação dos reféns e um eventual processo de paz.

O Qatar, que acolhe o gabinete político do grupo islâmico, é um dos mediadores-chave, juntamente com o Egito e os Estados Unidos da América, nas negociações para a trégua em Gaza e tem sido palco de conversações para alcançar um cessar-fogo com a delegação israelita.

O Hamas disse que cinco dos seus membros morreram no ataque, embora nenhum deles fizesse parte da sua delegação de negociação.

Um membro das forças de segurança do Qatar também morreu, de acordo com o Ministério do Interior do Qatar, e vários agentes de segurança ficaram feridos.

Leia Também: Jordânia nega que Israel tenha usado o seu espaço aéreo em ataque a Qatar

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