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Exército do Nepal com forte presença nas ruas após distúrbios violentos

O exército nepalês patrulhou hoje de manhã as ruas da capital, Katmandu, após um dia de violentos distúrbios marcado pela demissão do primeiro-ministro do país, KP Sharma Oli.

Exército do Nepal com forte presença nas ruas após distúrbios violentos

© PAAVAN MATHEMA/AFP via Getty Images

Lusa
10/09/2025 06:32 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Katmandu

A polícia nepalesa reprimiu brutalmente na passada segunda-feira manifestações que denunciavam a decisão do governo de bloquear as redes sociais e a corrupção das elites, causando, pelo menos, 19 mortos e centenas de feridos.

 

Apesar do restabelecimento das plataformas sociais Facebook, X ou YouTube, da promessa de uma investigação sobre a violência policial e da saída de Oli, grupos de jovens manifestantes saquearam na terça-feira edifícios públicos e residências de dirigentes políticos nepaleses.

O Parlamento foi incendiado, assim como a residência do primeiro-ministro demissionário, segundo constataram jornalistas da AFP.

Na quarta-feira, as ruas da capital estavam repletas de destroços de veículos e barricadas, e ainda havia fumo a sair dos edifícios incendiados ou das lojas saqueadas durante os motins, de acordo com o testemunho da mesma agência de notícias.

"Está calmo esta manhã, o exército está por toda a parte nas ruas", disse à AFP um militar destacado numa barricada, que se recusou a revelar a sua identidade por não estar autorizado a falar com a comunicação social.

Não foi até agora divulgado qualquer balanço oficial dos tumultos.

Mulher de ex-primeiro-ministro do Nepal morre queimada em ataque a casa

Mulher de ex-primeiro-ministro do Nepal morre queimada em ataque a casa

A mulher de um ex-primeiro-ministro do Nepal morreu hoje após sofrer queimaduras graves quando manifestantes incendiaram a sua casa em Katmandu, onde o número de mortos em protestos aumentou para 25.

Lusa | 16:01 - 09/09/2025

O exército do Nepal apelou na terça-feira à população do país nos Himalaias com 30 milhões de habitantes para que mantivesse a calma e alertou contra "atividades que poderiam levar o país à revolta e à instabilidade".

Numa mensagem de vídeo, o chefe do Estado-Maior nepalês, general Ashok Raj Sigdel, apelou a "todos os grupos envolvidos nas manifestações para que recuperem a calma e encetem um diálogo".

De volta ao poder em 2024, KP Sharma Oli, com 73 anos, explicou que se demitia "para que pudessem ser tomadas medidas com vista a uma solução política".

O Presidente do país, Ramchandra Paudel, também exortou "todos, incluindo os manifestantes, a cooperarem para uma resolução pacífica da difícil situação do país".

Outros apelos à calma e à contenção foram feitos pela ONU e pela vizinha Índia. "A estabilidade, a paz e a prosperidade do Nepal são de importância capital para nós", sublinhou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A situação política continua muito incerta no Nepal, enquanto se aguarda um sucessor para o chefe do governo demissionário.

Presidente da Câmara de Katmandu desde 2022, o antigo engenheiro e rapper Balendra Shah, de 35 anos, também apelou à população para que "desse provas de contenção".

"Estejam prontos (...) para assumir as rédeas do país", lançou no Facebook, apresentado como uma figura incontornável da transição que se avizinha.

Leia Também: Guterres pede moderação para evitar nova escalada de violência no Nepal

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