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Ex-primeira-dama da Costa do Marfim vai concorrer às presidenciais

A ex-primeira-dama da Costa do Marfim, Simone Gbagbo, vai concorrer às eleições presidenciais de 25 de outubro, sendo que o seu ex-marido, Laurent Gbagbo, foi excluído segunda-feira da corrida presidencial.

Ex-primeira-dama da Costa do Marfim vai concorrer às presidenciais

© SIA KAMBOU/AFP via Getty Images

Lusa
09/09/2025 18:47 ‧ há 1 dia por Lusa

A candidatura de Simone Gbagbo, 76 anos, é a mais recente surpresa na lista de cinco candidatos presidenciais oficialmente aprovados, noticiou a BBC.

 

Segundo informou a BBC, para Simone Gbagbo, a sua candidatura não é apenas politicamente significativa, mas simbolicamente importante num país onde as mulheres continuam amplamente sub-representadas na liderança nacional.

Apenas 30% dos parlamentares da Costa do Marfim são mulheres, e poucas ocuparam cargos de chefia no Governo.

Simone Gbagbo teve uma longa e ativa carreira na política, incluindo como deputada, que mais tarde foi ofuscada pelo seu papel na violência que se seguiu às eleições de 2010, nas quais mais de 3.000 pessoas morreram.

O 'slogan' da sua campanha é um apelo para "construir uma nova nação" dentro de "uma África soberana, digna e próspera".

O atual Presidente, Alassane Ouattara, que garante que o seu quarto mandato está em conformidade com a Constituição, vai concorrer com os ex-ministros Jean-Louis Billon e Ahoua Don Mello, bem como a ex-primeira-dama Simone Gbagbo e a ex-ministra Henriette Lagou.

Ouattara, de 83 anos, assumiu o poder após Simone Gbagbo e o seu marido, Laurent Gbagbo, terem sido capturados durante o conflito que atingiu o país após as eleições de 2010, em que o ex-Presidente se recusou a aceitar a derrota eleitoral.

O Conselho Constitucional da Costa do Marfim excluiu segunda-feira da corrida presidencial os dois principais opositores de Ouattara, Laurent Gbagbo e o presidente do Partido Democrático da Costa do Marfim e ex-diretor executivo do banco Credit Suisse, Tidjane Thiam.

Os opositores do Governo costa-marfinense Laurent Gbagbo e Tidjane Thiam não podem assim concorrer às eleições presidenciais porque foram retirados da lista eleitoral: o primeiro devido a uma condenação judicial ocorrida em 2018 e o segundo por questões de nacionalidade.

Ouattara estava originalmente limitado a dois mandatos, mas uma reforma constitucional de 2016 permitiu-lhe concorrer à reeleição em 2020, numa votação que foi boicotada pela oposição. Venceu o escrutínio de forma esmagadora e pelo menos 85 pessoas foram mortas nos distúrbios que se seguiram. 

A campanha eleitoral oficial começa em 10 de outubro neste país com 8,7 milhões de eleitores.

Leia Também: Sidi Ould Tah assume presidência do Banco Africano de Desenvolvimento

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