"Estamos a tomar conhecimento dos ataques israelitas no Qatar, um país que tem vindo a desempenhar um papel muito positivo para alcançar um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns", disse António Guterres aos jornalistas, no lançamento de um relatório sobre gastos militares.
"Condeno esta flagrante violação da soberania e da integridade territorial do Qatar. Todas as partes devem trabalhar para alcançar um cessar-fogo permanente, e não para o destruir", frisou.
Israel reivindicou um "ataque dirigido" contra líderes do Hamas, pouco depois de terem sido registadas explosões na capital do Qatar, onde vivem responsáveis do movimento.
"O exército e o serviço de segurança interna [Shin Bet] efetuaram um ataque dirigido contra os altos dirigentes da organização terrorista Hamas", declarou o exército em comunicado.
O exército israelita afirmou que "antes do bombardeamento, foram tomadas medidas para mitigar os danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas e informações adicionais" dos serviços secretos e reiterou que "continuará a operar com determinação para derrotar a organização terrorista Hamas, responsável pelo massacre de 07 de outubro" de 2023, de acordo com um comunicado.
"Durante anos, estes membros da cúpula do Hamas lideraram as operações da organização terrorista, sendo diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 07 de outubro e orquestrando e gerindo a guerra contra o Estado de Israel", acrescentou.
De acordo com as agências de notícias internacionais e a cadeira de televisão Al-Jazeera, sediada em Doha, vídeos recolhidos na capital do emirado mostram fumo a subir no horizonte.
O ataque inédito surgiu após o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, ter anunciado que Israel aceitou a mais recente proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, para um cessar-fogo em Gaza.
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