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Ministro vetado em Espanha sugere entrada livre "aos de Gaza"

O ministro da Segurança israelita, Itamar Ben Gvir, respondeu hoje à proibição de entrada em Espanha com um desafio ao primeiro-ministro Pedro Sánchez para que aceite a "entrada livre" dos de Gaza no país.

Ministro vetado em Espanha sugere entrada livre "aos de Gaza"

© Getty Images

Lusa
09/09/2025 15:18 ‧ há 14 horas por Lusa

"Não me deixem entrar... aos de Gaza, deem-lhes entrada livre em Espanha", escreveu o ministro de extrema-direita em espanhol nas redes sociais, citado pela agência noticiosa espanhola Europa Press.

 

Ben Gvir não precisou se se referia aos civis da Faixa de Gaza ou aos membros do grupo extremista Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

O chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares, anunciou hoje no final do Conselho de Ministros que Ben Gvir e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, serão incluídos na lista de pessoas sancionadas por Madrid.

Os dois ministros da extrema-direita de Israel "não poderão entrar em território espanhol", segundo Albares.

Também serão incluídos no sistema de informação Schengen, da União Europeia.

A decisão foi tomada no Conselho de Ministros que aprovou formalmente as nove "medidas contra o genocídio em Gaza e de apoio à população palestiniana" anunciadas na segunda-feira por Sánchez.

Uma dessas medidas, segundo disse Sánchez, é a proibição de entrada em Espanha "de todas aquelas pessoas que participem de forma direta no genocídio, na violação dos Direitos Humanos e nos crimes de guerra na Faixa de Gaza".

A lista de israelitas proibidos de entrar em Espanha já incluía 13 "colonos violentos" e agora passa a ter também os nomes de dois ministros, disse hoje José Manuel Albares.

Em resposta a uma pergunta dos jornalistas, Albares disse que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não está na lista por já haver medidas sancionatórias ditadas por instâncias e tribunais internacionais que estão em vigor em Espanha.

Netanyahu é alvo desde novembro de 2024 de um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos durante a ofensiva israelita em Gaza.

Na sequência das medidas anunciadas por Sánchez, Israel acusou Espanha de antissemitismo e anunciou a proibição de entrada no país das ministras espanholas Yolanda Díaz e Sira Rego, ambas do Somar, o partido de esquerda que está na coligação governamental liderada pelos socialistas.

Em resposta, Espanha retirou a embaixadora em Telavive, Ana María Salomon, chamando-a para consultas em Madrid sem que haja uma data prevista para o regresso a Israel, disse hoje Albares.

O ministro justificou a manutenção de relações diplomáticas com Israel por Espanha defender a designada "solução dos dois Estados" (palestiniano e israelita).

A guerra em curso no território palestiniano de Gaza foi iniciada quando o movimento islamita Hamas atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, causando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.

A retaliação de Israel já fez mais de 64 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

No mês passado, a ONU declarou uma situação de fome em algumas zonas do enclave palestiniano.

Leia Também: Israel diz ter desmantelado célula do Hamas que queria matar ministro

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