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Líbano espera concluir desarmamento do Hezbollah no sul do país em três meses

O exército libanês espera concluir o desarmamento do movimento islamita Hezbollah a sul do rio Litani, junto à fronteira com Israel, dentro de três meses, afirmou hoje o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros, Youssef Raggi.

Líbano espera concluir desarmamento do Hezbollah no sul do país em três meses

© Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images

Lusa
09/09/2025 14:20 ‧ há 11 horas por Lusa

Raggi indicou que o plano apresentado na semana passada pelo exército ao Governo, que tem como objetivo ter o monopólio das armas no Líbano, compreende cinco fases, a primeira das quais estipula que "o desarmamento estará concluído a sul do Litani" num prazo de "três meses", ou seja, até ao final de novembro.

 

Em declarações à agência francesa France-Presse (AFP), o ministro sublinhou que no final de novembro "não haverá mais depósitos de armas, transferências de armas, combatentes ou presença armada" a sul do rio que fica a cerca de 30 quilómetros da fronteira com Israel.

Em simultâneo com a primeira fase, serão aplicadas "medidas de segurança" em todo o país, adiantou Raggi.

De acordo com o chefe da diplomacia libanesa, o exército "reforçará e aumentará o número de postos de controlo, proibirá o transporte e o porte de armas (...) sem no entanto efetuar buscas ou detenções e sem apreender as armas já armazenadas".

"A transferência de armas de uma região para outra deixará de ser autorizada", acrescentou.

Raggi indicou que as outras quatro fases diziam respeito às outras regiões do Líbano, "mas sem prazos precisos".

O Governo libanês saudou na sexta-feira o plano anunciado pelo chefe do exército para desarmar o Hezbollah, com o ministro da Informação, Paul Morcos, a explicar que "o exército vai começar a aplicar o plano, mas dentro dos limites disponíveis, que são limitados do ponto de vista logístico, material e em termos de recursos humanos".

No âmbito do cessar-fogo que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 27 de novembro de 2024, o grupo pró-iraniano devia retirar as suas forças e desmantelar todas as infraestruturas militares a sul do rio Litani.

Israel, que deveria ter retirado as suas tropas do Líbano, mantém cinco posições fronteiriças e prossegue os seus ataques contra alegadas posições do Hezbollah no território libanês.

Na segunda-feira, um bombardeamento israelita matou cinco pessoas, quatro das quais alegados membros do Hezbollah.

O Hezbollah, por sua vez, rejeita entregar as armas e acusa o Governo libanês de estar a servir o propósito dos Estados Unidos e de Israel.

O grupo xiita, a par do Hamas na Palestina e dos Huthis do Iémen, faz parte do auto-denominado "eixo da resistência" apoiado por Teerão, e que se envolveu num conflito contra Israel logo após o início da guerra na Faixa de Gaza em outubro de 2023.

Leia Também: Ataques de Israel matam cinco pessoas no Líbano. Quatro são do Hezbollah

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